Republicano poderá ter feito os donativos, em 2011 e 2013, para tentar ter alguma influência sobre a investigação à Universidade Trump, instituto alvo de processos judiciais à data.
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O ex-presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, doou milhares de euros para campanhas de Kamala Harris, a adversária na corrida à Casa Branca, quando esta concorria para o cargo de procuradora-geral da Califórnia.
De acordo com o jornal The Telegraph, que cita registos financeiros que foram sendo divulgados nas redes sociais, o republicano doou cinco mil dólares (cerca de 4,5 mil euros) para a campanha de Harris em 2011 e mil dólares (cerca de 920 euros) para a de 2013. Ivanka Trump, filha do magnata, também doou dois mil dólares (cerca de 1840 euros) em 2014 para a campanha da democrata.
Na altura, Loretta Sanchez, a adversária de Kamala Harris, colocou a hipótese de Donald Trump estar tentar ter alguma influência sobre a investigação à Universidade Trump.
Agora extinta, a Universidade Trump prometia ensinar aos alunos os "segredos do sucesso" no sector imobiliário. Por alegada publicidade falsa e técnicas de venda de alta pressão para atrair os potenciais alunos, acabou por enfrentar uma ação judicial coletiva.
Enquanto Harris era procuradora-geral da Califórnia, o seu gabinete tomou medidas contra a Universidade Trump. Um porta-voz da campanha de Joe Biden disse que Kamala Harris não solicitou donativos a Donald Trump ou à sua família e que estes não tiveram qualquer impacto na forma como o seu gabinete tratou as alegações contra o instituto.
Trump deu ainda 25 mil dólares (cerca de 22, 9 mil euros) a Pamela Bondi, a antiga procuradora-geral da Florida, quando esta também considerava uma ação judicial contra a Universidade Trump.
Em 2016, a Universidade Trump concordou em pagar 25 milhões de dólares (cerca de 22,9 milhões de euros) para resolver as ações judiciais.
Para além de doar dinheiros para campanhas de Kamala Harris, Donald Trump chegou a fazer donativos milhares de euros para campanhas de outros democratas como Hillary Clinton como a Joe Biden, os seus dois principais rivais eleitorais nos últimos anos.
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