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Economia moçambicana reduziu procura por financiamento externo em 2023

Saldo da conta corrente e de capital caiu.

09 de maio de 2024 às 11:01

A economia moçambicana reduziu a procura pela poupança externa para financiar necessidades de consumo e financiamento em 72,3% em 2023, com o saldo da conta corrente e de capital a cair, segundo dados oficiais consultados esta quinta-feira pela Lusa.

De acordo com dados preliminares do relatório do Banco de Moçambique sobre a Balança de Pagamentos de 2023, esse saldo, que reflete a absorção interna, caiu para 1.782 milhões de dólares (1.655 milhões de euros). As necessidades líquidas de financiamento externo são medidas pelo saldo conjunto da conta corrente e de capital e, segundo o banco central, esse indicador em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), em 26,4 pontos percentuais, passando de 35%, em 2022, para 8,6%, em 2023.

"Contribuiu para este resultado, essencialmente, a contração do défice da conta corrente, em 67,7%", fixando-se em 2.224 milhões de dólares (2.066 milhões de euros), equivalente a 10,8 % do PIB.

O relatório refere ainda que a redução do défice na conta corrente reflete "fundamentalmente a diminuição do saldo negativo da conta de bens em 82,1%, justificada pelo decréscimo das importações de bens, realizadas pelas empresas pertencentes à categoria de grandes projetos, em 76% em relação à 2022", tendo-se situado em 1.307,2 milhões de dólares (1.214 milhões de euros).

A melhoria do défice da conta corrente resultou, igualmente, "da redução do saldo da conta de serviços em 46,4%", para um total de 786,5 milhões de dólares (731 milhões de euros), equivalente a 3,8% do PIB, "refletindo, por um lado, o aumento das receitas líquidas de transporte em mais de 100% e, por outro lado, a diminuição na contratação de serviços de assistência técnica, sobretudo pelos grandes projetos".

"Outrossim, as transferências líquidas correntes registaram um excedente" de quase 1.303 milhões de dólares (1.211 milhões de euros), 22,4% a mais em relação a 2022, "justificado pelo incremento nos recebimentos líquidos do setor privado".

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