Joesley Batista diz que máfia de políticos exigia permanentemente pagamentos de subornos e doações ilegais.
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O empresário Joesley Batista, que colabora na investigação da operação Lava Jato, acusou este sábado o Presidente brasileiro, Michel Temer, de ser "o chefe da maior e mais perigosa organização criminosa" do Brasil, numa entrevista a uma revista brasileira.
Numa entrevista feita pela revista Época, Batista disse que "Temer é o chefe da organização criminosa que atua na Câmara [dos Deputados]".
Joesley Batista, que é um dos proprietários da multinacional de carnes JBS, fez um acordo de delação premiada (acordo que permite vantagens, como a redução de pena de prisão, ao dar informações sobre um caso judicial) com as autoridades que estão à frente da operação Lava Jato.
Esta operação investiga uma larga rede de corrupção no Brasil, que envolve políticos, empresários e grandes companhias como a Petrobras e a Odebecht.
O empresário assegurou que a máfia integrada por políticos exigia dele permanentemente pagamentos de subornos e doações ilegais para campanhas políticas em troca de favores para as suas empresas ou para não dificultar os seus negócios.
Na entrevista à Época, Joesley Batista referiu como o Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-Presidente Lula da Silva, "institucionalizou" a corrupção no Brasil e descreveu como o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), de Aécio Neves, entrou em "leilões" para comprar partidos nas eleições de 2014.
O empresário garante estar arrependido dos crimes que cometeu e defendeu-se das acusações de que lucrou com a própria delação.
Na sexta-feira, Joesley Batista prestou depoimento à Polícia Federal do (PF) num inquérito contra Michel Temer e manteve a sua versão de que o Presidente foi subornado para favorecer a sua empresa.
O depoimento faz parte de uma investigação contra Michel Temer depois do Presidente ter sido gravado pelo próprio Joesley Batista supostamente autorizando o pagamento de suborno ao ex-deputado Eduardo Cunha.
Michel Temer também ouviu o empresário da JBS relatar uma série de crimes sem se manifestar e sem denunciar os fatos às autoridades competentes.
A gravação gerou um inquérito contra o chefe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF) como suspeito de cometer os crimes de formação de organização criminosa, obstrução da Justiça e corrupção passiva.
O STF deu o prazo até a próxima segunda-feira para a polícia federal concluir este inquérito.
Na sequência, o Procurador-Geral da República do Brasil, Rodrigo Janot, deve denunciar Michel Temer abrindo um processo que pode resultar na destituição do chefe de Estado. Uma possível saída forçada do Presidente do cargo, porém, só será levada adiante se o Congresso Nacional autorizar o andamento da ação.
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