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Pelo menos 29 mortos em onda de violência no México após detenção de filho de El Chapo

Vídeos partilhados nas redes sociais mostram combates violentos, que aconteceram durante a noite, com o céu iluminado por tiros de helicóptero.

06 de janeiro de 2023 às 10:06

As forças de segurança mexicanas capturaram, esta quinta-feira, o líder do cartel de drogas Ovidio Guzman, filho de Joaquin "El Chapo" Guzman, o que desencadeou uma onda de violência, com estradas bloqueadas, tiros de helicóptero e aviões atingidos.

A maior parte dos ataques estão a acontecer na cidade de Culiacan, no estado de Sinaloa, no México, lar do poderoso cartel de drogas, que El Chapo dirigiu antes de ser extraditado para os Estados Unidos da América, em 2017.

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Detenção de filho de El Chapo desencadeia onda de violência no México

O ministro da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, disse que entre os 29 mortos, dez eram membros das Forças Armadas mexicanas e 19 pertenciam a grupos criminosos na origem dos violentos distúrbios.

"Dez militares perderam a vida no cumprimento do seu dever para garantir a segurança. O Estado mexicano vai conceder-lhes honras fúnebres", disse na sua conferência de imprensa diária o Presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador.

Segundo a agência Reuters, o governador referiu que se tinham registado ainda 12 confrontos com as forças de segurança, 25 atos de vandalismo e que 250 veículos tinham sido incendiados e utilizados para bloquear estradas.

Uma operação falhada para deter Ovidio, em 2019, terminou em humilhação para o governo do Presidente Andrés Manuel Lopez Obrador, após a detenção ter desencadeado uma onda de violência que obrigou as autoridades a fechar as escolas e aeroportos de Culiacan. Na altura, Ovidio, uma figura-chave no cartel desde que o pai foi preso, foi rapidamente libertado, para pôr fim à retaliação violenta do cartel.

Vídeos partilhados nas redes sociais mostram os combates violentos, que aconteceram durante a noite, em Culiacan, com o céu iluminado por tiros de helicóptero.

O aeroporto da cidade foi apanhado pela violência e a companhia aérea mexicana Aeromexico disse que um dos seus aviões tinha sido atingido por tiros, antes do voo programado para a Cidade do México. Não houve registo de feridos, afirmou a companhia.

David Tellez, um passageiro que embarcou no avião atacado, com a mulher e os três filhos, disse à Reuters que tinham decidido ficar no aeroporto até que fosse seguro partir. "É menos seguro estar na cidade. Há muitos tiros e confusão", disse ele Tellez.

Um avião da força aérea mexicana também foi abatido, disse a agência federal de aviação, acrescentando que o aeroporto de Culiacan, bem como nas cidades de Sinaloa de Mazatlan e Los Mochis, permaneceria fechado até que a segurança pudesse ser garantida.

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