Político está a ser investigado no âmbito do processo 'Lava Jato'.
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O ex-presidente brasileiro Michel Temer foi preso ao amanhecer desta quinta-feira em São Paulo, onde reside, no âmbito de investigações da operação anti-corrupção Lava Jato. A ordem de prisão contra Temer foi expedida pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio de Janeiro. Pouco depois, foi também detido o o ex-ministro de Minas e Energia, Moreira Franco.
Assim que foi preso, o antigo presidente, que deixou o cargo em 31 de Dezembro passado, foi levado por agentes da Polícia Federal para o Aeroporto de Guarulhos, na capital paulista, para ser transferido para o Rio de Janeiro. Desde o amanhecer de quarta-feira que a Polícia Federal tentava prender Temer, mas a constante mudança deste de local só permitiu o cumprimento do mandado esta quinta.
O político que chegou a presidente após a destituição de Dilma Roussef (de quem era vice-presidente) está a ser investigado no âmbito do processo 'Lava Jato, que já levou à detenção de outro antigo presidente, Lula da Silva.
Mandados de detenção contra dez pessoas
Segundo a Globo, o juiz do Rio de Janeiro emitiu mandados de detenção contra dez pessoas:
Michel Miguel Elias Temer Lulia, ex-presidente - prisão preventiva
João Batista Lima Filho (coronel Lima), amigo de Temer e dono da Argeplan - prisão preventiva
Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear - prisão preventiva
Wellington Moreira Franco, ex-ministro do governo Temer - prisão preventiva
Maria Rita Fratezi, arquiteta e mulher do coronel Lima - prisão preventiva
Carlos Alberto Costa, sócio do coronel Lima na Argeplan - prisão preventiva
Carlos Alberto Costa Filho, diretor da Argeplan e filho de Carlos Alberto Costa - prisão preventiva
Vanderlei de Natale, sócio da Construbase - prisão preventiva
Ana Cristina da Silva Toniolo - prisão preventiva
Carlos Alberto Montenegro Gallo - prisão preventiva
Rodrigo Castro Alves Neves - prisão temporária
Carlos Jorge Zimmermann - prisão temporária
A Globo adianta que, desde quarta-feira, as autoridades procuravam saber a localização de Temer, de 78 anos, o que demorou várias horas. O ex-presidente acabou por ser intercetado quando seguia de carro numa rua de São Paulo.
Há muito que Michel Temer estava na mira das autoridades, por suspeita de recebimento de avultadas 'luvas' por favores políticos. Houve até, no Congresso, tentativas de abrir um processo de destituição, que Temer conseguiu sempre travar.
Denúncia de empresário desencadeia detenções
A prisão de Temer está relacionada com o depoimento colaborativo de Lucio Funaro, um executivo da empresa ENgevix, ligada ao escândalo da Lava Jato, que denunciou ter pago aproximadamente 250 mil euros em "luvas" para o grupo ligado a Temer para conseguir um contrato junto à Central Nuclear de Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Segundo o denunciante, esse pagamento foi feito com o conhecimento e a anuência de Temer.
Nos seus dois anos e meio de governo, após ter comandado nos bastidores um processo de impeachment que em 31 de Agosto de 2016 levou à destituição da então presidente Dilma Rousseff, de quem era vice, Michel Temer foi alvo de três denúncias da Procuradoria-Geral da República.
Nelas, o então presidente, que não chegou a ser julgado porque o Congresso impediu depois de Temer disponibilizar milhares de milhões de euros para projetos e obras de parlamentares, foi acusado de corrupção ativa e passiva, formação de bando, obstrução de justiça e branqueamento de capitais.
Advogado de Temer qualifica detençaõ como "barabaridade"
O advogado Eduardo Carnelós, que defende Michel Temer, afirmou esta quarta-feira que a prisão do ex-presidente ‘é uma barbaridade’.
Imunidade presidencial atrasou processos
Enquanto foi presidente, Michel Temer gozou de imunidade, que o deixou a salvo da Justiça, com os vários processos que corriam contra ele a serem travados nos tribunais. A situação alterou-se quando Temer saiu do Palácio do Planalto, a 1 de janeiro. É agora um cidadão sem qualquer proteção especial.
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