Secretário-geral da ONU salientou ainda a necessidade de promover e proteger os direitos humanos e apostar nas tecnologias transformadoras.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, insistiu hoje na necessidade de uma maior cooperação internacional para combater o terrorismo, promover e proteger os direitos humanos e apostar nas tecnologias transformadoras, reforçando ainda a capacidade de resposta dos países.
"Necessitamos de esforços coerentes, coordenados e integrais em todos os países, com base nos direitos humanos e no Estado de Direito para combater o terrorismo e as suas raízes", afirmou Guterres no arranque da segunda conferência de alto nível dos diretores das agências antiterroristas dos Estados-membros da ONU.
Na sua intervenção, o secretário-geral da ONU destacou os "avanços importantes" obtidos na luta contra o terrorismo, mas advertiu que a ameaça persiste e que se diversificou.
"A Al-Qaida e o grupo ['jihadista'] Estado islâmico [EI] continuam a explorar os descontentamentos sociais e os estereótipos de género para inspirar os ataques solitários e para captar outros grupos", declarou o antigo primeiro-ministro português, sublinhando que os avanços das organizações terroristas em África têm sido "particularmente alarmantes"
Nesse sentido, defendeu que apoiar os países africanos na prevenção e combate às ameaças que estes grupos representam "deve ser uma prioridade mundial" para os Estados membros das Nações Unidas.
Guterres também chamou a atenção para as consequências de "anos de aumento da polarização, de fracassos na governança e de banalização do discurso do ódio", que, sustentou, "têm beneficiado os grupos terroristas", assim como o supremacismo branco, os movimentos neonazis ou quaisquer outros com motivações raciais.
Neste contexto, Guterres pediu aos países participantes que se entrem na resistência, reforçando as instituições e tornando-as mais justas e sujeitas a prestação de contas, defendendo a reabilitação e a reintegração de pessoas condenadas por terrorismo para "romper com o ciclo de violência.
Por outro lado, destacou a importância de se trabalhar na prevenção, centrando-se nas questões que são exploradas pelos terroristas para atrair novos membros, e colocou os direitos humanos no centro das políticas antiterroristas, incluindo a igualdade de género.
Por último sublinhou também a importância de todos terem de estar à altura dos desafios e das oportunidades que oferecem as "tecnologias transformadoras".
"Precisamos de fomentar a inovação tecnológica, mas também de mitigar os seus riscos crescentes. O aumento dos ciberataques e dos crimes cibernéticos desde que começou a pandemia [de covid-19] deve ser uma chamada de atenção", alertou.
A conferência, iniciada hoje e que se prolonga até quarta-feira, tem como lema "Combater e Prevenir o Terrorismo na Era das Tecnologias Transformadoras: Enfrentar os Desafios da Nova Década".
O objetivo é promover o diálogo entre a ONU, governos, setor privado, instituições académicas e organizações civis para "relevar a compreensão das ameaças atuais e emergentes, compartilhar boas práticas e aumentar a capacidade de enfrentar riscos e oportunidades, garantindo esforços efetivos, coordenados e eficazes, abrangentes em todos os países, setores e disciplinas, com base nos direitos humanos e no Estado de Direito".
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