NASA revelou a data e hora em que o asteroide pode colidir com o planeta Terra.
Hipóteses de asteroide 'destruidor' colidir com a Terra aumentaram novamente. Saiba tudo o que pode acontecer
O asteroide 2024 YR4 disparou os sistemas de alerta após ser detetado por telescópios avançados no Chile, em dezembro do ano passado. De acordo com a NASA citada pelo Daily Mail, as hipóteses do asteroide 'destruidor' colidir com a Terra voltaram a aumentar.
A agência espacial revelou, na terça-feira, que o risco é agora de 3,1%, o que significa um aumento de 5% em relação à previsão anterior que ditava 2,3%. Em suma, há uma em 32 hipóteses da rocha espacial colidir com a Terra quando fizer a sua passagem mais próxima, a 2 de dezembro de 2032.
Ao contrário do asteroide que exterminou os dinossauros há 66 milhões de anos, o 2024 YR4 é classificado como um "assassino de cidades". Richard Moissl, chefe do escritório de defesa planetária da Agência Espacial Europeia, disse que este é um "evento muito raro".
"Este não é o assassino de dinossauros nem do planeta. Isto é, no máximo, perigoso para uma cidade", garantiu Moissl.
Quando e onde pode acontecer?
Se houver impacto, estima-se que possa ocorrer dia 22 de dezembro de 2032, às 14h02. A hora pode sofrer alterações.
A NASA afirma que o asteroide poderá cair no leste do Oceano Pacífico, no norte da América do Sul, no Oceano Atlântico, em África, no mar da Arábia ou no sul da Ásia.
O que sabemos sobre o '2024 YR4'?
Feito de uma substância rochosa, o asteroide mede entre 40 e 90 metros de largura. Se entrar na atmosfera terrestre, o 2024 YR4 poderá partir-se em bocados muito pequenos, segundo Luca Conversi, gestor do Centro de Coordenação de Objetos Próximos à Terra, da Agência Espacial Europeia.
De acordo com a escala de Turim, que determina o grau de perigo de um objeto próximo da Terra, o asteroide encontra-se no nível 3, definido como "um encontro próximo que merece a atenção dos astrónomos".
A escala de Turim vai de 0 a 10, em que 0 é sem risco iminente de colisão e 10 é colisão capaz de alterar todo o clima do planeta.
O tamanho importa?
Determinar o tamanho do asteroide é importante porque revela o grau de perigo que corremos. Contudo, os especialistas ainda não têm a certeza quanto ao tamanho do 2024 YR4.
O Planeta é bombardeado com mais de 100 toneladas de poeira e partículas do tamanho de grãos de areia todos os dias, segundo a NASA. São tão pequenas que são queimadas na atmosfera antes de causar algum dano, o que significa que um asteroide ou cometa pode ter 100% de hipóteses de atingir a Terra e ainda assim estar no nível 0 na escala de Turim.
Em regra geral, quanto mais brilhante é um asteroide, maior é o seu tamanho. No entanto, tudo depende do quão refletivo o asteroide é. O 2024 YR4 pode ter 40 metros de diâmetro e ser muito refletivo, ou 90 metros de diâmetro e não ser muito refletivo, refere a ESA (Agência Espacial Europeia).
Sem saber o seu tamanho exato, os especialistas não podem determinar o quão significativo o impacto pode ser.
O Telescópio Espacial James Webb da NASA, que já foi usado para capturar imagens de estrelas a nascer e a morrer, está agora a estudar o asteroide com recurso a luz infravermelha - ou calor - o que levará a uma melhor estimativa do seu tamanho.
Que danos poderia causar?
Se atingir a Terra, a NASA diz que o impacto será em alta velocidade, aproximadamente a 17 quilómetros por segundo.
"A cerca de 40 metros poderia ser algo como uma rajada de ar — poderia partir algumas janelas — mas não causaria muitos danos. Se estivesse na extremidade de 90 metros da escala, estaríamos a olhar para o que chamariam de um 'destruidor de cidades'. Se caísse numa cidade grande isso seria desastroso", disse a jornalista espacial Kate Arkless Gray à Sky News.
O que está a acontecer?
O asteroide está atualmente a dezenas de milhões de quilómetros de distância da Terra e está a afastar-se cada vez mais, pois está prestes a orbitar o Sol, o que significa que os cientistas têm apenas alguns meses para observar o asteroide até que este desapareça.
"Poderemos observar o asteroide até abril. No pior cenário, a probabilidade pode chegar a cerca de 20%. Mas o mais provável é que chegue a 0% até lá", disse Luca Conversi à Sky News.
Os cientistas poderão descartar a hipótese de colisão com a Terra até abril. Se não conseguirem, terão que esperar até que o asteroide se torne visível novamente em 2028 para descobrir a probabilidade de dirigir-se à Terra.
O que pode ser feito?
Se o asteroide estiver realmente a dirigir-se à Terra, lançar uma nave espacial para colidir com o asteroide e mudar a sua trajetória - algo que a NASA fez com sucesso em 2022 com o asteroide Dimorphos - pode ser uma opção.
"Podemos até ter que considerar medidas severas como enviar uma arma nuclear para a superfície deste asteroide para desviá-lo ainda mais", sugeriu o astrónomo David Whitehouse.
O Grupo Conselheiro de Planeamento de Missão Espacial (SMPAG), presidido pela ESA, emitirá uma recomendação sobre novas ações ao Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior, caso a ameaça não seja descartada até o 2024 YR4 desaparecer.
De acordo com alguns especialistas, lançar algo para atingir o asteroide só será considerado se for confirmado que o asteroide é maior que 50 metros.
Devemos preocupar-nos com o 2024 YR4 ?
Agências como a NASA e a ESA estão continuamente a minimizar o nível de ameaça, insistindo que ainda há uma "possibilidade extremamente baixa" de impacto e que o asteroide pode ser destruído de forma eficaz, mesmo que esteja a dirigir-se à Terra.
Astrónomos como Whitehouse expressaram preocupação, frisando que as hipóteses do asteroide atingir a Terra são "impossíveis de ignorar". "Isso pode tornar-se realmente uma séria ameaça ao nosso planeta", afirmou.
Já aconteceu anteriormente?
É muito raro um asteroide destas dimensões ter uma probabilidade tão alta de colidir com a Terra. O planeta sofre impactos diretos de asteroides do tamanho semelhante ao 2024 YR4, apenas uma vez a cada poucos milhares de anos.
Em 1908, um asteroide - que se acredita ter 60 metros de diâmetro - explodiu sobre a Sibéria. O incidente, que ficou conhecido como Evento Tunguska, viu 80 milhões de árvores serem abalroadas numa área remota que abrange 830 milhas quadradas (2149.7 quilómetros quadrados).
Testemunhas oculares relataram ter visto uma bola de fogo e ouvido uma grande explosão, de acordo com a NASA.
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