Alemanha pede mais solidariedade.
Com a União Europeia mergulhada numa crise migratória sem precedentes, a Holanda prepara-se para endurecer a sua política de asilo, por entre as críticas das organização humanitárias e dos parceiros europeus, que exigem mais solidariedade.
O governo holandês quer encerrar em novembro 30 centros regionais de acolhimento que prestam assistência a refugiados independentemente do seu estatuto e substituí-los por seis centros nacionais que apenas ajudarão os requerentes de asilo enquanto o processo é avaliado. No caso de o pedido ser rejeitado, os refugiados terão de regressar voluntariamente ao seu país ou perderão toda a ajuda. Em último caso, o governo admite deportá-los à força ou deixá-los entregues à sua sorte, sem teto, apoio ou comida.
A medida foi criticada pela ONU, que frisou que, enquanto estiverem na Holanda, os refugiados devem ter "as condições mínimas de vida", mas o PM Mark Rutte defende que seria "uma loucura" continuar a sustentar pessoas cujo pedido de asilo foi rejeitado.
O diferendo ilustra bem as divisões abertas na Europa pela recente crise migratória. Enquanto alguns países, como a Itália, Grécia e Alemanha, pedem mais solidariedade, outros endurecem as políticas de asilo e imigração. É o caso da Hungria, que construiu uma vedação de arame farpado na fronteira com a Sérvia para evitar a entrada de refugiados, medida descrita pelo MNE francês Laurent Fabius como "contrária aos valores europeus".
Já a Itália acusou ontem Bruxelas de imobilismo, enquanto o Reino Unido responsabilizou a política de fronteiras abertas de Schengen pelo agravamento da crise. *com agências
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.