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Deixa cão de 11 meses em agonia durante quatro horas mas juiz considera acidente

Vizinhos chamaram a polícia quando viram que Chloe tinha sido impedido de respirar com uma braçadeira de plástico.

04 de outubro de 2019 às 17:32

Um homem de 48 anos atou o focinho de um pastor alemão, de apenas 11 meses, com uma braçadeira, e deixou-o assim durante quatro horas no quintal de casa em Mt Gambier, na Austrália.Os vizinhos aperceberam-se de que o animal estava em perigo, com dificuldades em respirar, e chamaram a polícia. O australiano acabou por ser formalmente acusado de maus-tratos a um animal e teve de se apresentar a tribunal.De acordo com o Daily Mail, as consequências, no entanto, não foram as que muitos esperavam. Com o argumento de que se esqueceu de retirar a braçadeira antes de ir trabalhar, conseguiu sair do tribunal sem qualquer penalização. De acordo com Brad Ward, veterinário da Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA), é essencial que os cães consigam respirar pela boca, já que é a forma que têm de conseguir manter a temperatura corporal."É a arfar que os cães conseguem arrefecer o corpo. Ao contrário de nós, eles não possuem um sistema eficaz de glândulas sudoríparas (glândulas que produzem o suor e permitem regular a temperatura do corpo)", explicou o especialista, acrescentando que impedir que um cão regule a temperatura é "colocá-lo em risco extremo".No entanto, o advogado de defesa do dono de Chloe conseguiu convencer o juiz de que tudo não passou de um acidente. O cão acabou por ser retirado ao dono e já tem uma nova família, mas o resultado deste caso gerou revolta pela falta de consequências. Os maus-tratos a animais na Austrália e a falta de consequências já fizeram correr muita tinta. Em agosto deste ano, o país foi notícia pelo elevado número de casos de abuso. Só os abandonos chegaram a 579 nos últimos meses, ultrapassando os 567 em 2018."Nem sempre conseguimos localizar os autores dos maus-tratos e, por isso, muitas vezes as acusações não prosseguem", lamenta Andrea Lewis, da RSPCA.

Os maus-tratos a animais na Austrália e a falta de consequências já fizeram correr muita tinta. Em agosto deste ano, o país foi notícia pelo elevado número de casos de abuso. Só os abandonos chegaram a 579 nos últimos meses, ultrapassando os 567 em 2018.

"Nem sempre conseguimos localizar os autores dos maus-tratos e, por isso, muitas vezes as acusações não prosseguem", lamenta Andrea Lewis, da RSPCA.

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