De acordo com a polícia, o jornalista reuniu-se com os alegados agentes dos serviços de inteligência na China.
A polícia de Nova Deli deteve um jornalista indiano, uma cidadã chinesa e um nepalês, por alegadamente vender informação confidencial aos serviços secretos chineses, divulgaram este sábado as autoridades.
O jornalista de 61 anos, identificado como Rajeev Sharma, foi detido após uma busca à sua casa, na qual "documentos confidenciais relacionados com o Departamento de Defesa da Índia e outros documentos incriminatórios foram apreendidos", disse o subcomissário da polícia, Sanjeev Kumar, em comunicado, citado pela Efe.
Sharma, que se encontra em prisão preventiva desde dia 14 de setembro, "trabalhava para funcionários dos serviços secretos chineses", acrescentou.
As forças de segurança detiveram também Qing Shi, de origem chinesa, e o nepalês Sher Singh, conhecido por 'Raj Bohra', por alegadamente fornecer "enormes quantidades de dinheiro" em troca de informação.
Segundo o comunicado, o jornalista revelou durante o interrogatório a sua participaçãona obtenção e envio de informação ao dois intermediários em Kunming (China), que identificou de Michael e George.
Sharma afirmou, de acordo com a polícia de Nova Deli, que tinha enviado vários relatórios aos intermediários em troca de "pagamentos onerosos".
O jornalista por conta própria, que escreveu artigos para um diário chinês entre 2010 e 2014, foi contactado pelos intermediários através da plataforma tecnológica LinkedIn e convidado a ir à China para supostas entrevistas com empresas de media, adianta a informação policial.
O jornalista "foi incumbido da tarefa de fornecer informação sobre questões como a entrada indiana na uninão Butão-Sikkim-Chinatri, incluído Doklam, o padrão da cooperação militar Índia-Birmânia", bem como também a questão da fronteira entre a Índia e a China, entre outros.
De acordo com a polícia, o jornalista reuniu-se com os alegados agentes dos serviços de inteligência na China, Malásia e Maldivas, em várias ocasiões.
Um dos últimos encontros teve lugar em janeiro de 2019, quando conheceu "George", que se apresentou como "diretor-geral de uma empresa de media chinesa", e que pediu que escrevesse temas relacionados com Dalai Lama, por 500 euros cada artigo.
O dinheiro foi enviado através de Qing, que em conjunto com o cidadão nepalês era alegadamente diretora de uma "empresa fantasma" relacionada com o setor farmacêutico, propriedade de outras duas pessoas que se encontram na China, referiu a polícia.
Sharma recebeu mais de 40.000 dólares com 10 entregas, entre janeiro de 2019 e setembro deste ano.
As detenções e acusações de espionagem acontecem no meio das tentativas da Índia e da China em avançar com uma desaceleração militar por via dos canais diplomáticos, depois de meses de acusações de violações na fronteira e um confronto em que morreram 20 militares indianos.
Durante os meses de tensão, o Governo indiano ordenou o bloqueio de mais de 150 aplicações, a maioria chinesas, alegando que transmitiam subreticiamente dados dos utilizadores de forma não autorizada "para servidores localizados fora da Índia", compromentendo a sua soberania.
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