Opositor pede à população para abrir “canais humanitários” para distribuir ajuda.
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O líder da oposição da Venezuela, Juan Guaidó, que no final de janeiro se proclamou presidente interino do país com o apoio de grande parte da comunidade internacional, admitiu autorizar uma intervenção militar liderada pelos EUA para forçar a distribuição de ajuda humanitária se o presidente Nicolás Maduro mantiver as fronteiras fechadas aos camiões carregados de alimentos e medicamentos que na próxima semana vão tentar entrar no país.
Guaidó, que até agora se tinha mostrado contra qualquer intervenção militar estrangeira no país, disse estar disposto a mudar de opinião porque está em causa a vida de 300 mil venezuelanos que precisam de ajuda imediata.
"Nós faremos o que for necessário. Essa é, evidentemente, uma questão polémica, mas fazendo uso da nossa soberania, do exercício das nossas prerrogativas, faremos o que for necessário", afirmou Guaidó à agência France Presse ao ser questionado se admitia usar os seus poderes legais enquanto presidente interino para autorizar uma possível intervenção militar com o objetivo de facilitar a distribuição de ajuda humanitária.
Na última semana, toneladas de alimentos, medicamentos e equipamento médico provenientes dos EUA têm chegado à cidade colombiana de Cúcuta, que faz fronteira com a Venezuela, em preparação para a operação humanitária.
Nicolás Maduro, que diz que a Venezuela não precisa de ajuda, mandou bloquear a ponte que separa os dois países com contentores e enviou centenas de militares para o local. Apesar disso, Guaidó apelou à população para se mobilizar para abrir um "canal humanitário" nos próximos dias, fazendo temer um confronto sangrento.
Guaidó promete proteger comunidade portuguesa
Juan Guaidó garantiu que fará "todos os possíveis" para salvaguardar a comunidade portuguesa na Venezuela na sequência das ameaças do número dois do regime, Diosdado Cabello, que na sexta-feira disse que Portugal "está a pôr em perigo a vida dos seus cidadãos" ao apoiar o líder da oposição.
"Estamos a fazer todos os possíveis, não só para salvaguardar a comunidade portuguesa na Venezuela, que para nós é importantíssima e trouxe um grande desenvolvimento ao nosso país, à nossa indústria, ao nosso comércio, mas também a italiana, a espanhola e os venezuelanos, que hoje estão a ser perseguidos", disse Guaidó em entrevista à RTP, lembrando que a situação no país "é muito crítica" e a questão humanitária "é muito grave".
"Na Venezuela houve 700 mil mortos em 15 anos. Caracas é a capital mais violenta do Mundo", afirmou o autoproclamado presidente interino, que adiantou que só uma mudança de regime pode garantir a segurança dos cerca de 300 mil portugueses que vivem no país.
"Oposição não quer eleições, quer um golpe de Estado"
Nicolás Maduro acusou a oposição de usar a exigência de eleições como desculpa para ganhar apoio internacional.
"Se convocássemos eleições, eles iriam inventar qualquer coisa para não ir a votos, como em 2017. Eles não querem eleições, querem um golpe de Estado como o de Pinochet", disse o líder venezuelano, acusando a UE de querer destruir a Venezuela "como fez com a Líbia".
EUA em contacto com militares venezuelanos
Os Estados Unidos estão a manter contactos secretos com elementos das Forças Armadas venezuelanas numa tentativa de os convencer a abandonarem o regime de Nicolás Maduro.
Recorde-se que a oposição prometeu uma amnistia aos militares que mudarem de lado e os EUA admitiram levantar as sanções contra a cúpula militar se esta deixar cair o ditador. O apoio dos militares tem sido essencial para manter Maduro no poder e não há sinal de que isso possa mudar tão cedo.
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