Presidente da Comissão Europeia diz que contratação do português é um problema para si.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, recordou esta quinta-feira que declarou em julho que "não haveria problema" se José Manuel Durão Barroso assumisse uma posição num banco privado, mas "não no Goldman Sachs".
Juncker respondia às perguntas de três jovens "YouTubers" numa entrevista organizada conjuntamente com a cadeia de televisão Euronews. O chefe do executivo comunitário recordou que em julho declarou que a contratação de Barroso, o seu antecessor na Comissão, pelo Goldman Sachs representava um problema para si, apontando o papel do banco norte-americano na crise dos "subprimes" em 2008.
"Que é que eu disse? Disse, e repito-o: não tenho problemas que ele assuma uma função num banco privado, mas nesse não!", disse Juncker, recordando declarações ao jornal belga Le Soir.
De facto, no Le Soir de 30 de julho surgem declarações de Juncker sobre o tema: "O facto de Barroso trabalhar para um banco não me chateia demasiado. Mas para esse [o Goldman Sachs], já tenho problemas com isso".
"É uma iniciativa individual e ele respeitou as regras. Mas uma pessoa precisa de escolher o seu empregador", realçou na altura.
Juncker explicou aos seus entrevistadores o problema com o Goldman Sachs: "Porque o Goldman Sachs foi uma das entidades que contribuíram, sabendo ou não sabendo, para o nascimento de uma crise financeira e económica enorme no decorrer dos anos de 2007, 2008 e 2009".
O chefe do executivo comunitário aludia assim à crise dos créditos "subprimes", os créditos hipotecários de alto risco vendidos por algumas entidades financeiras norte-americanas.
"Então comecei a questionar-me sobre a identidade da porta rumo à qual ele se dirigia", disse Jucnker, sublinhando - no entanto - que Durão Barroso é "um tipo honesto". "É um amigo", vincou.
A contratação de Durão Barroso, anunciada a 08 de julho pela Goldman Sachs, levantou uma onda de polémica e indignação, materializada em petições de cidadãos europeus e funcionários comunitários.
Em meados de julho o presidente francês, François Hollande, qualificou a mudança de cargo de Barroso como "moralmente inaceitável".
Mas durante dois meses a Comissão Europeia - que Barroso dirigiu de 2004 a 2014 - não viu qualquer má-conduta, recordando que o português tinha respeitado o código de ética dos comissários europeus ao esperar 18 meses, após cessar funções comunitárias, antes de aceitar um cargo num empregador privado.
Face às críticas que caíram sobre ele, Juncker pediu esta semana uma clarificação sobre os termos do contrato de trabalho com o banco americano. Também se ficou a saber que a Comissão pretende receber Barroso como um simples lobista e não com honras de ex-presidente do executivo comunitário.
Durão Barroso passou ao contra-ataque, acusando a UE de o discriminar.
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