Starmer não concorda com a ideia de que Johnson é a única pessoa com alguma importância na crise da Ucrânia.
O líder do Partido Trabalhista acusou esta terça-feira o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, de usar a guerra na Ucrânia como um "escudo" contra as pressões para se demitir após ser multado por infringir as restrições da pandemia covid-19.
Keir Starmer, que lidera o principal partido da oposição do Reino Unido, considerou "ofensivo" o argumento de que o chefe do Governo não deve ser destituído durante a guerra na Ucrânia para não criar instabilidade no país.
"Não concordo com a ideia de que Johnson é a única pessoa com alguma importância na crise da Ucrânia. (...) Ele está a usar isso como um escudo e eu penso que é bastante ofensivo", disse esta manhã, em declarações na estação ITV.
O líder trabalhista recordou que a posição de apoio à Ucrânia é consensual no Partido Conservador, pelo que qualquer sucessor iria manter a mesma política externa britânica, a qual também tem recebido a aprovação dos partidos da oposição.
Starmer criticou também Conservadores como o ministro para a Irlanda do Norte, Brandon Lewis, que esta terça-feira desvalorizou a multa aplicada pela polícia a Johnson e ao ministro das Finanças, Rishi Sunak, ao compará-la a uma multa por excesso de velocidade ou infração no estacionamento.
Na opinião de Starmer, estes estão a "defender o indefensável".
Boris Johnson vai esta tarde ao Parlamento para se desculpar pela multa aplicada pela polícia por participar de uma festa de aniversário no próprio escritório, em junho de 2020, violando as regras contra "ajuntamentos desnecessários" para evitar a propagação do coronavírus.
Inicialmente, o primeiro-ministro britânico rejeitou perante os deputados a existência de "festas" e garantiu que as regras tinham sido respeitadas, mas acabou por aceitar e pagar a multa, que também foi aplicada à mulher, Carrie Johnson.
De acordo com a imprensa britânica, Johnson vai pedir desculpa, mas rejeitar os pedidos da oposição para se demitir, centrando a intervenção nas prioridades do país no combate à crise do custo de vida e na ajuda à Ucrânia para se defender contra a invasão da Rússia.
As normas ditam que um político deve demitir-se se mentiu deliberadamente na Câmara dos Comuns, mas Brandon Lewis insistiu hoje, em declarações à BBC, que Johnson não mentiu e que disse aos deputados "o que ele acreditava na altura ser a verdade".
Tendo em conta que o Partido Conservador tem a maioria absoluta, a oposição não consegue forçar a demissão de Boris Johnson e uma moção de censura interna entre os 'tories' precisa de ser subscrita por um mínimo de 54 deputados.
A Polícia Metropolitana de Londres continua a investigar um total de 12 festas ilegais realizadas na residência oficial do primeiro-ministro, em Downing Street, e outros edifícios do Governo em 2020 e 2021.
A imprensa britânica noticiou que Johnson compareceu a seis daqueles eventos, pelo que poderá receber mais multas.
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