Campanha nacional, que decorre até 3 de outubro, pretende contribuir "para a eliminação da doença".
As autoridades sanitárias moçambicanas pretendem vacinar, em cinco dias, 78.442 raparigas na cidade de Maputo contra o cancro do colo do útero, no âmbito de uma campanha nacional que arranca segunda-feira, foi hoje anunciado.
A campanha nacional, que decorre até 3 de outubro, pretende contribuir "para a eliminação da doença" e, essencialmente, "prevenir as raparigas contra a infeção" pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV, na sigla inglês), afirmou Alberto Chambale, responsável pelo programa de vacinação do Serviço de Saúde da Cidade Maputo, em conferência de imprensa.
Segundo Alberto Chambale, a estratégia inclui a criação de brigadas móveis que atuarão "a nível das escolas primárias e secundárias, universidades, mercados e terminais de transporte", além de equipas fixas em unidades sanitárias.
Embora a meta de 78.442 raparigas se refira apenas a Maputo, a vacinação será feita a nível nacional, abrangendo todas as províncias do país no mesmo período, visando desde logo a prevenção daquela infeção sexualmente transmissível.
Introduzida em Moçambique em 2021, a vacina contra o cancro do colo do útero passou a ser administrada em dose única desde 2024, após novas evidências da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a sua eficácia.
"É eficaz. Previne mais de 90% da ocorrência da infeção, e também, quando nós estivermos a vacinar as mulheres, indiretamente também estaremos a prevenir aos homens", explicou Chambale.
Acrescentou, citando dados da OMS, que o cancro do colo do útero é um dos principais desafios de saúde pública no país e no mundo, com cerca de 660 mil novos casos e 350 mil mortes registados anualmente a nível global. Em Moçambique, foram notificados 5.496 casos em 2022, resultando em cerca de 4.000 mortes.
"As mulheres infetadas pelo HPV têm seis vezes mais probabilidade de desenvolver a doença", referiu o responsável, destacando que os tipos 16 e 18 do vírus são responsáveis por 95% das infeções.
Na ocasião, o médico-chefe do Serviço de Saúde da Cidade Maputo, Hortêncio Faria, reforçou ainda a importância da educação sexual, do uso consistente do preservativo e do rastreio precoce do cancro do colo do útero como medidas complementares de prevenção, face à "falta de informação e interesse".
"As mulheres não vão à unidade sanitária para fazer o rastreio, na fase inicial, isso concorre para que seja diagnosticado na fase tardia. Na fase tardia já tem sintomas, sangramento, polínea, e aí já é uma fase tardia", disse o médico.
Hortêncio Faria apelou ao envolvimento das comunidades na divulgação da campanha, lembrando que a vacinação é gratuita e voluntária.
"É uma vacina que vai ser gratuita para todas as populações e esperamos vacinar aproximadamente mais de 97% das raparigas dos 12 a 18 anos de idade", concluiu Hortêncio Faria.
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