Presidente assumiu que o Portugal teve sempre "um papel importante" na CPLP.
O Presidente da República reúne-se hoje com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, na véspera da cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que Marcelo Rebelo de Sousa afirma estar "virada para o futuro".
No primeiro ponto do seu programa de dois dias completos em Luanda, Marcelo Rebelo de Sousa será recebido por João Lourenço no Palácio Presidencial, pelas 10:15, antes de se encontrar com arcebispo de Luanda, Filomeno Vieira Dias ao início da tarde.
Em declarações aos jornalistas sobre a cimeira da CPLP, cujos trabalhos começam no sábado, o Presidente da República referiu que esta organização de Estados-membros de língua portuguesa completa 25 anos de existência.
"Quando nasceu, era líder do PSD. Lembro-me do arranque em 1996. Ninguém imaginaria como cresceu, como se desenvolveu, como se alargou e, sobretudo, como foi ampliando a sua intervenção", declarou o chefe de Estado português, tendo ao seu lado o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou depois estar confiante de que no sábado, em Luanda, se realizará "uma grande cimeira virada para o futuro".
"Temos um acordo de mobilidade com os países da CPLP. Um acordo que foi complicadíssimo de negociar e uma ideia que nasceu largamente por iniciativa do primeiro-ministro português, António Costa, tendo merecido o imediato apoio do Cabo Verde", frisou o Presidente da República.
Segundo o chefe de Estado, desde 2016, Portugal e Cabo Verde foram "puxando" pela questão da mobilidade.
"Depois, vários países foram puxando, numa matéria difícil de negociar porque as situações de cada país são muito diferentes em continentes também diferentes. A CPLP é a única comunidade que não é regional do mesmo continente. É uma grande comunidade dispersa por todos os continentes", observou.
Por isso, para Marcelo Rebelo de Sousa, pelo facto de ter sido possível chegar ao acordo de mobilidade, "é um triunfo fundamental que diz respeito à vida das pessoas, sobretudo de estudantes, trabalhadores ou empresários".
Questionado sobre correntes que têm defendido a necessidade de uma "refundação" da CPLP; o chefe de Estado respondeu que "refundar é aproximar das pessoas".
"A CPLP tinha de começar por um projeto em que os políticos e os diplomatas tiveram um papel fundamental, em que a língua, a cultura, a educação e outras componentes adquiriram uma importância essencial. Mas a mobilidade das pessoas era imprescindível para as pessoas sentirem que a CPLP estava próxima delas", sustentou.
No que respeita ao papel de Portugal na CPLP, Marcelo Rebelo de Sousa assumiu que o país teve sempre "um papel importante -- e ainda agora o secretário executivo, o embaixador Ribeiro Teles, teve um papel importante neste período alongado".
"Mas é evidente que Portugal não se impõe. Portugal cultiva um relacionamento fraternal. Está sempre disponível para apoiar tudo, cooperar com tudo e intervir em tudo, mas não se põe em bicos de pés. Todos os Estados-membros são importantes", defendeu.
Depois, o Presidente da República falou sobre o papel dos países de língua portuguesa nos diversos fóruns internacionais, dando como exemplo a eleição e reeleição de António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas, assim como diligências diversas em organizações internacionais.
"Alinhamos naturalmente em conjunto, o que é muito raro. Claro que nem tudo é perfeito na CPLP, porque cada país tem a sua vida própria e as suas circunstâncias. Esta cimeira de Luanda é isso: Reencontramo-nos e estamos virados para o futuro, depois de um ano e meio de pandemia de covid-19", acrescentou.
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