Objetivo é dar assistência aos 45 mil partos previstos para as "próximas semanas".
Maternidade 'voadora' da Cruz Vermelha segue para Moçambique
Um avião fretado pela Cruz Vermelha Portuguesa leva este domingo para a Beira uma maternidade para dar assistência aos 45 mil partos previstos para as "próximas semanas", disse o presidente da organização humanitária, Francisco George, em Lisboa.
Com deslocação marcada para as 20h00, a partir do aeroporto militar de Figo Maduro, este será o primeiro voo totalmente dirigido para a proteção materno-infantil, salientou Francisco George, explicando que "há muitas gravidezes e partos antecipados devido ao stresse" provocado pela passagem do ciclone Idai em Moçambique.
No Boeing 767 seguirá, além de uma enfermeira parteira, um bloco de parto, equipamentos para ecografias, e marquesas, bem como 1.500 quilos de ´kites´ de parto, com panos, tesouras descartáveis, molas de umbigo para os recém-nascidos, luvas e viseiras.
A Cruz Vermelha leva também, segundo Francisco George, simuladores de partos para formação de parteiras e adolescentes, artigos de puericultura, e "cinco dúzias de pasteis de nata para a equipa que lá se encontra".
"Foi o que nos pediram", disse o responsável.
No total são 33 toneladas de material que foram hoje carregadas no aeroporto de Figo Maduro por 70 voluntários.
"Portugal está a por ao serviço de Moçambique o que tem de melhor", garantiu o presidente da Cruz Vermelha, acrescentando que "já houve um tempo em que a cooperação portuguesa era frágil e falhou", porque havia "demasiados interesses", mas "este tempo é diferente".
Francisco George salientou que a Cruz Vermelha é "exigente no destino do que leva", porque tem de se responsabilizar perante os portugueses que já deram quase dois milhões de euros de donativos.
"Conseguimos ultrapassar a barreira psicológica que se criou depois de Pedrógão. Temos noção do ambiente de hostilidade que foi criado, e estamos aqui para dizer que nos responsabilizamos", disse o médico aos jornalistas que também integram o voo.
No avião, além de Francisco George e da enfermeira, vai também Henrique Soares dos Santos, filho de Alexandre Soares dos Santos, o patrão da Jerónimo Martins, que financiou os 220 mil euros que custa o voo.
O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, foi ao aeroporto despedir-se da equipa e manifestou "a sua solidariedade e apoio às populações, mulheres e crianças, que sofrem as consequências devastadoras da terrível intempérie".
Francisco Jorge estima que a Operação Embondeiro -- que a Cruz Vermelha está a desenvolver com os Médicos do Mundo -- se prolongue no mínimo até ao final do ano.
Subiu para 501 o número de mortos provocados pelo desastre natural de 14 de março em Moçambique, segundo as autoridades moçambicanas.
O número de feridos manteve-se em 1.523, mas o total de pessoas afetadas subiu para 843.723.
O total de desalojados em centros de acolhimento mantém-se em 140.784, assim como o número de famílias beneficiárias de assistência humanitária: 29.098.
O número de casas totalmente destruídas ascende a 56.095 (com outras 28.129 parcialmente danificadas), sendo que a maioria são habitações de construção precária.
O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.
Além de ter provocado pelo menos 816 mortos no total, a passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui afetou 2,9 milhões de pessoas, segundo dados das agências das Nações Unidas.
A região enfrenta agora o perigo de fome e epidemias, com 271 casos de cólera já registados na cidade da Beira.
A Organização das Nações Unidas (ONU) inicia na quarta-feira um programa de vacinação oral contra a cólera, de 900 mil unidades.
A agência da ONU para a Alimentação e Agricultura (FAO) calcula que sejam necessários 19 milhões de dólares (16,9 milhões de euros) durante os próximos três meses para ajudar os mais afetados pelo ciclone em Moçambique.
Os números da FAO apontam para que cerca de 400 mil hectares de cultivo tenham sido afetados, essencialmente de milho e sorgo, nas províncias centrais de Manica e Sofala, poucos meses antes do período de colheitas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.