Apesar da pandemia, milhares de fiéis banharam-se no rio sagrado durante o Kumbh Mela, o maior festival religioso do mundo em Haridwar, na Índia.
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Começou esta quinta-feira, na Índia, o primeiro Shahi Snan, um banho sagrado no rio Ganges, em Haridwar, que acontece durante o Khumb Mela, o maior festival religioso do mundo.
O festival hindu acontece quatro vezes a cada 12 anos e, num processo rotativo, varia entre quatro cidades indianas: Haridwar, Ujjain, Nashik e Allahabad.
Este ano, o Khumb Mela iniciou-se a 14 de janeiro e hoje realizou-se o primeiro Shahi Snan, onde milhares se banharam no rio Ganges para 'lavarem os pecados' dos seus antepassados.
Os quatro locais onde o festival acontece não foram escolhidos de forma aleatória: existe uma lenda que afirma que deuses e demónios lutaram por um pote que continha o néctar da imortalidade. Entre lutas, quatro gotas do elixir caíram nas quatro cidades onde agora se celebra o festival e, na fé hindu, acredita-se que os rios se tenham tornado em fontes deste néctar.
Segundo a cosmologia Hindu, o rio Ganges provém do céu e, neste dia tão importante, os 'Akharas' (considerados os guerreiros e protetores de Dharma) cobrem-se de cinzas e banham-se no rio sagrado para 'lavarem os pecados' dos seus antepassados e assim acabar o ciclo entre a vida e a morte.
Estes guerreiros, que durante o ano inteiro vivem juntos e desafiam-se fisicamente, são os primeiros a banhar-se com as suas armas douradas, juntamente com os Sadhus, os 'homens sagrados'.
Milhares celebram o dia especial e quando o cosmos se alinha, todas as secções da comunidade espiritual hindu visitam o festival, desde Sadhus a hermitas, que só saem de casa "em dias de festa".
Apesar de atualmente o governo obrigar a comunidade a uma organização social de banhos, nos seus antepassados foram conhecidas guerras sangrentas para os que se queriam banhar em primeiro.
Este foi o primeiro dos quatros banhos que ainda estão por acontecer; os restantes serão feitos a 12, 14 e 27 de abril, nos diferentes rios das cidades onde a lenda afirma que o néctar caiu.
O extraordinário festival é património cultural imaterial da UNESCO e apesar da Covid-19, a tradição manteve-se.
Segundo o The Indian Express, para entrar no festival era necessário um teste negativo à Covid-19 feito nas últimas 78 horas, e só após uma inscrição prévia no site do Khumb Mela, com o documento que provaria o teste negativo, é que o indivíduo receberia o bilhete eletrónico.
Este é o festival mais importante da comunidade hindu e quando acontece, milhares viajam para poder assistir ou mesmo banhar-se no 'rio do néctar'.
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