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Milhares marcham em Valência exigindo demissão do presidente do governo regional

Protesto foi contra o presidente da Generalitat, Carlos Mazón, acusado de negligência na gestão da catástrofe de 29 de outubro de 2024.

25 de outubro de 2025 às 19:08

Milhares de pessoas manifestaram-se este sábado em Valência, Espanha, exigindo a demissão do presidente do governo autónomo da Comunidade Valenciana pela forma como lidou com a cheia de outubro de 2024, que causou 229 mortes.

A 12.ª manifestação consecutiva contra Carlos Mazón, , convocada por mais de duzentas organizações sociais, cívicas e sindicais, começou às 18h30 (17h30 em Lisboa) na Plaza de San Agustín, com palavras de ordem como "Mazón, demite-te" e "O presidente para Picasent", numa referência à prisão que funciona nessa localidade.

Familiares das vítimas lideraram o cortejo, precedidos por três tratores, simbolizando a força rural afetada pela tragédia.

O protesto marca um ano de manifestações contra o presidente da Generalitat, Carlos Mazón, acusado de negligência na gestão da catástrofe de 29 de outubro de 2024.

Os manifestantes denunciaram a ausência de responsabilidade política e exigiram justiça pelas vidas perdidas.

"O alarme soou praticamente ao mesmo tempo que todos se afogavam", lamentou à agência France-Presse (AFP) Rosa Álvarez, presidente de uma associação de vítimas, que perdeu o pai na tragédia.

O percurso terminou junto ao Palau da Generalitat, sede do governo regional.

A disputa entre o governo central de esquerda e o executivo regional de direita sobre responsabilidades na gestão da crise continua a alimentar o descontentamento popular.

Segundo uma sondagem publicada pelo jornal El País, 71% dos residentes de Valência acreditam que Mazón, do Partido Popular, deve demitir-se.

O presidente da Generalitat tem-se defendido, alegando que a dimensão do fenómeno climático era imprevisível e culpando o governo central pela resposta insuficiente. As suas ações no dia da tragédia continuam sob escrutínio mediático.

Na próxima quarta-feira, está previsto um funeral de Estado em homenagem às vítimas, com a presença do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e do rei Felipe VI.

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