Não foi encontrada arma do crime, não há suspeito e não se sabe o que motivou os assassinatos.
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Quatro estudantes da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos da América, foram brutalmente assassinados na madrugada de domingo, dia 13 de novembro. Segundo noticia a imprensa norte-americana, até ao momento não há suspeitos, não foi encontrada a arma do crime e não se sabe o que motivou o ataque. O caso já está a ser investigado pelo FBI.
Ethan Chapin, Xana Kernodle, Madison Mogen e Kayle Goncalves foram esfaqueados até à morte numa casa do campus universitário. Os resultados da autópsia indicam que os jovens terão morrido entre as 3:00h e as 4.00h de domingo. Cathy Mabbutt, médica legista do condado de Latah, no Idaho, esteve no local e contou à estação televisiva NBC que em 16 anos de trabalho nunca tinha presenciado uma cena de crime tão violenta.
"As feridas eram bastante grandes. Tivemos homicídios no passado, mas nenhum com a dimensão dos assassinatos destes estudantes. Havia bastante sangue no apartamento. É traumático encontrar quatro jovens universitários mortos numa residência ", explicou a médica à NBC, avançando que a arma do crime terá sido uma faca de grandes dimensões.
Jovens tinham estado a divertir-se antes da tragédia
As vítimas tinham aproveitado a noite de sábado para sair. Ethan e Xana estiveram numa festa no campus, enquanto Madison e Kaylee foram a um bar e depois foram vistas a comprar comida numa rulote por volta da 1:00 da manhã. Estas ações foram comprovadas pelas câmaras de vigilância.
As imagens de câmaras de vigilância dos locais em que os jovens estiveram na noite de sábado, 12 de novembro, começaram a ser divulgadas pelos meios de comunicação norte-americanos e pelas redes-sociais. O objetivo era ver se alguém sabia de algo que pudesse ajudar na investigação. As últimas atualizações dadas pela televisão e imprensa americanas revelam a polícia nada descobriu ainda acerca das filmagens.
Família repara em incoerências na história
O crime aconteceu pela madrugada, mas a chamada para o 911 (equivalente ao 112) só foi efetuada na parte da tarde e apenas reportava que estavam pessoas inconscientes naquela casa, refere o relatório policial.
A polícia contou quarta-feira, 16 de novembro, à CNN Internacional que estavam mais duas jovens naquela casa na altura dos assassinatos que não tinham sido feridos ou feitos reféns. As raparigas também estudavam na universidade, foram interrogadas e ao que parece estavam a dormir quando os colegas estavam a ser esfaqueados. Os inspetores decidiram retirá-las da lista de suspeitos e não divulgar as identidades.
Quando chegaram ao local, a polícia não encontrou sinais de vandalismo na casa e nada indicava nas portas que a entrada tinha sido forçada. A informação foi avançada pelo chefe da polícia do condado de Moscow, Idaho, James Fry, à CNN Internacional.
Com o progresso das investigações, os pais das vítimas continuam a acreditar que há muitas coisas que estão mal explicadas. "Há falta de informação da Universidade de Idaho e da polícia local. Até agora só foram espalhados falsos rumores", disse Jim Chapin, pai de Ethan em comunicado na passada quarta-feira.
Último homicídio tinha sido registado em 2015
Moscow, cidade no estado de Idaho onde aconteceram os homicídios, tem cerca de 25 mil habitantes. Sempre foi vista como uma cidade calma e com baixos índices de criminalidade. De acordo com os dados da polícia de Idaho, antes da morte dos universitários, o último assassinato tinha sido registado em 2015.
Depois de sete anos a viver numa cidade tranquila, os habitantes estão assustados e preocupados com possíveis novas mortes, refere o The Guardian em publicação sobre falta de pistas no caso esta terça-feira.
Segundo a CNN internacional, o Presidente da Universidade de Idaho, Scott Green tentou convencer os alunos e os funcionários da universidade que não corriam perigo porque tudo indica que o homicídio tenha sido direcionado, mas mesmo assim para terem cuidado redobrado.
Alguns estudantes da universidade comunicaram à universidade que não se sentem seguros e estão relutantes em relação à ideia de passar tempo no campus. Ao que NBC conseguiu apurar, a Universidade de Idaho está a ponderar permitir que os alunos tenham aulas remotamente depois da interrupção letiva do dia de Ação de Graças.
"Eram inteligentes, cuidadosos e, mesmo assim, isto ainda aconteceu. Isto significa que ninguém está a salvo. Estamos todos de coração partido e a tentar aguentar esta dor inexplicável, mas mais forte que qualquer um destes sentimentos é a raiva. Estamos zangados. Deviam estar zangados", disse a irmã de Kaylee à CNN Internacional.
Dia 30 de novembro vai haver uma vigília com velas em homenagem aos quatro jovens, refere a estação de televisão.
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