Presidente dos EUA diz ter discutido com Netanyahu "formas de eliminar o Hamas".
Donald Trump disse esta quarta-feira que quer que os Estados Unidos assumam o controlo da Faixa de Gaza e reconstruam o território, depois de os palestinianos serem reinstalados noutros locais.
Esta posição foi transmitida em conferência de imprensa, após o encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca.
Trump não excluiu a possibilidade de enviar tropas norte-americanas para apoiar a reconstrução de Gaza e considera que a participação dos EUA será de "longo prazo".
O presidente norte-americano disse ainda que o acordo para normalizar as relações entre a Arábia Saudita e Israel "vai acontecer".
No início da reunião, o Presidente norte-americano já tinha sugerido que os palestinianos deslocados em Gaza fossem reinstalados "permanentemente" fora do território devastado pela guerra.
"Não acho que as pessoas devam regressar", disse Trump, citado pela agência Associated Press (AP). "Não se pode viver em Gaza neste momento. Acho que precisamos de outro local. Penso que deve ser um local que faça as pessoas felizes", acrescentou.
Questionado sobre quantos palestinianos deveriam ser realojados, Trump respondeu: "Todos eles. Provavelmente 1,7 milhões, talvez 1,8 milhões. Mas penso que todos. Seriam reinstalados num local onde possam ter uma vida bonita", disse citado pela EFE.
O Presidente dos EUA descreveu ainda a Faixa de Gaza como um "local de demolição" e disse, que, depois de olhar "de todos os ângulos" para as fotografias do enclave, após a guerra com Israel, chegou à conclusão de que "aquele lugar é um inferno, é muito perigoso e ninguém pode viver lá".
Trump criticou a administração dos últimos quatro anos, dizendo que "tudo piorou" no Mundo, incluindo no Médio Oriente - numa referência à governação de Joe Biden.
O presidente norte-americano adiantou que, durante a reunião com Netanyahu, foram discutidas "formas de eliminar o Hamas" e evitar que a organização tome Israel.
Donald Trump mostou-se esperançoso com o cessar-fogo, que diz ser o início de paz e estabilidade em Israel.
O presidente dos EUA aproveitou para anunciar sanções aos países do Médio Oriente que "apoiam o terrorismo" e um apoio financeiro a Israel para que possa defender-se.
Benjamin Netanyahu começou por elogiar a ação de Trump, tanto no antigo mandato, como nos primeiros dias desde que tomou posse, este ano, a favor de Israel. O primeiro-ministro israelita lembrou o ataque de 7 de outubro de 2023 e as atrocidades cometidas pelo Hamas e referiu que "o trabalho ainda não está terminado" e que ainda há muito a fazer para que aquilo que aconteceu a 7 de outubro não se repita.
Netanyahu dirigiu-se, em seguida, diretamente a Donald Trump, e pediu que o presidente pense "fora da caixa", dizendo que, com a liderança de Trump, "Israel vai vencer a guerra".
Esta primeira visita de um líder estrangeiro neste segundo mandato de Trump ocorre num momento em que o apoio a Benjamin Netanyahu está a diminuir em Israel. O primeiro-ministro israelita enfrenta pressões da sua coligação de direita para pôr fim às tréguas temporárias em Gaza e dos israelitas cansados da guerra, que querem que os restantes reféns regressem a casa e que o conflito, que dura há 15 meses, termine.
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