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Número de mortes desde o golpe em Myanmar sobe para 1000, diz grupo de ativistas

Organização estima que o número verdadeiro de vítimas é muito mais alto.

18 de agosto de 2021 às 10:37

O golpe militar em Myanmar, no dia 1 de fevereiro de 2021, já provocou 1000 mortos, avançou um oficial do Assistance Association of Political Prisoners (AAPP, na sigla inglesa), um grupo ativista que tem registado as mortes pelas forças de segurança. "Segundo os registos da AAPP, 1001 inocentes foram mortos", disse à Reuters Tate Naing, secretário da organização. "O número verdadeiro de vítimas é muito mais alto", acrescenta.  Os porta-voz da junta que governa não responderam ao pedido da agência de notícias para comentar. No entanto, as autoridades militares disseram no passado que os números que a AAPP avança são exagerados e amplamente citados por organizações internacionais. Após quase 50 anos de ditadura, Myanmar vivia uma fase democrática desde 2011.O golpe militar ocorreu na sequência das eleições gerais de 2020, vencidas pelo partido Liga Nacional pela Democracia, liderado por Aung San Suu Kyi, ativista que venceu o Prémio Nobel da Paz em 1991. O partido ganhou as eleições com maioria absoluta, conseguindo 346 assentos no Parlamento. A oposição, apoiada pelos militares, alegou fraude eleitoral e recusou-se a aceitar o resultado. Os militares tomaram o poder em fevereiro e destituíram o governo eleito, fechando o Senado e o Parlamento. As forças de segurança reprimiram violentamente o movimento de contestação popular ao regime militar e prenderam líderes políticos, incluindo Aung San Suu Kyi e o presidente de Myanmar, Win Myint.

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