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Objetivo: Acabar com a ofensiva do Daesh em Moçambique. O que estão a fazer a UE e os EUA

Portugal prepara o envio de tropas para combater os radicais islâmicos e os norte-americanos também já se mostraram totalmente disponíveis para apoiar as tropas moçambicanas.

01 de abril de 2021 às 18:42

Centenas de mortos desde 2017 e milhares de deslocados devido às constantes ofensivas de radicais islâmicos ligados ao Daesh no Norte de Moçambique. Os apoios ao povo moçambicano tardam em chegar e nas últimas semanas a vila de Palma, em Cabo Delgado, tem sido massacrada pelos terroristas

ONU

A ONU condenou "veementemente" os ataques ocorridos em Palma e mostrou disponibilidade para "proteger os civis, restaurar a estabilidade e levar os autores" dos "atos hediondos à justiça". Segundo a organização, está a ser realizada uma estreita coordenação "com as autoridades locais para prestar assistência às pessoas afetadas pela violência", revela a RTP

Estados Unidos

O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA já garantiu que a potência norte-americana não está indiferente aos ataques de insurgentes no norte de Moçambique e que pretende "cooperar com o Governo" do país africano.

Apesar das garantias de apoio, os Estados Unidos não avançaram como vão prestar auxílio a Moçambique na luta contra os rebeldes islâmicos.

União Europeia

Intervindo na sessão plenária na Assembleia da República, Augusto Santos Silva indicou que, na terça-feira, "a reunião de embaixadores validou o primeiro resultado político da missão desenvolvida a Maputo" e, nesse sentido, garantiu que "a preparação de uma missão de apoio da UE a Moçambique, no seu combate ao terrorismo, continua em curso e vai chegar a um bom porto".

O ministro sublinhou que a presidência portuguesa do Conselho da UE "colocou o norte de Moçambique, desde a primeira hora, como uma das suas prioridades", o que "não se faz no quadro da cooperação estruturada permanente, faz-se mesmo no quadro da União Europeia como tal".

A cooperação estruturada permanente, que esteve em discussão na assembleia, é um "instrumento muito importante, não o único, para quatro objetivos essenciais" da política comum de segurança e defesa da Europa e a sua articulação com a política externa europeia, assinalou o chefe da diplomacia portuguesa.

Os quatro objetivos são, segundo o ministro, a "clareza estratégica", a "cooperação intraeuropeia, entre a UE e a NATO, (...) e com outros parceiros muito importantes para a UE, como o Reino Unido, mas também parceiros de outros continentes", uma "melhor coordenação", sobretudo no reforço da "interoperabilidade das forças e dos recursos", e "ganhar escala", para uma maior eficiência na gestão de recursos e no uso do dinheiro dos contribuintes.

Portugal

O envio deste contingente de 60 militares portugueses, das forças especiais, é enquadrado pelo novo acordo-quadro de cooperação bilateral que está a ser ultimado pelos ministérios português e moçambicano, disse fonte da tutela.

Quanto aos locais de trabalho, está previsto que os militares portugueses estarão no sul do país, perto de Maputo, e no centro, disse o ministro da Defesa português.

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