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ONG da Venezuela alerta para "censura sistemática" no país

Cidadãos continuam sem acesso a dados públicos isentos, refere a Imprensa e Sociedade.

28 de setembro de 2025 às 23:49

A Organização Não Governamental venezuelana Imprensa e Sociedade (IPYS) alertou este domingo que o "direito a saber continua em dívida" no país, onde há "censura sistemática" e os cidadãos continuam sem acesso a dados públicos isentos.

Numa nota divulgada no Dia Internacional do Acesso Universal à Informação, e citada pela agência espanhola de notícias, a Efe, esta ONG escreve que "a opacidade estrutural, a censura sistemática e a desinformação promovida pelo poder mantêm os cidadãos sem garantias reais de acesso a dados públicos confiáveis".

A organização destacou que os números sobre saúde, educação, economia, segurança e gestão estatal "permanecem ocultos ou fragmentados, o que limita a participação dos cidadãos e o controlo democrático".

O Banco Central da Venezuela não publica dados sobre a inflação desde outubro de 2024, exemplifica esta ONG, acrescentando que a esta "falta de transparência acresce uma asfixia deliberada contra os meios de comunicação e os jornalistas".

Na nota citada pela Efe, esta ONG diz que "há 61 meios de comunicação independentes bloqueados na Internet, mais de 90 domínios afetados e restrições a plataformas como X, YouTube, TikTok, Signal e Telegram", havendo igualmente 15 jornalistas "presos, dos quais em sete casos não há informações oficiais sobre o seu paradeiro nem sobre os processos".

Segundo a organização, mais de sete milhões de pessoas no país "vivem em desertos de notícias, ou seja, em municípios onde não existem meios de comunicação locais ativos ou a oferta é tão limitada que não satisfaz as necessidades de informação da população".

Também ese domingo, o Governo de Nicolás Maduro lembrou que o acesso à informação é "um direito humano fundamental estabelecido para garantir que todas as pessoas possam procurar, receber e divulgar informações, especialmente aquelas que estão na posse de entidades públicas".

Num comunicado divulgado na rede Telegram e assinado pela ministra da Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez, "o acesso à verdade e aos dados oficiais é a principal ferramenta dos cidadãos para participarem ativamente na vida pública, tomarem decisões informadas sobre a sua saúde, educação e ambiente, e fiscalizarem as ações dos seus governos".

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