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Papa diz que "homosexuais não devem entrar na Igreja"

O Sumo Pontífice afirma-se preocupado e defende que a Igreja tem de ser mais rigorosa na seleção de candidatos.

03 de dezembro de 2018 às 01:30

O Papa Francisco expressou preocupação com a questão da homossexualidade no seio da Igreja Católica, entre padres e religiosos. "É uma realidade que não podemos negar", referiu Francisco, durante uma entrevista que deu origem ao livro ‘A Força da Vocação’, que hoje é publicado em dez línguas, entre as quais português, espanhol, inglês, italiano e chinês.

"Na vida consagrada e na vida sacerdotal, este tipo de afetos não tem lugar. Por esse motivo, a Igreja recomenda que as pessoas com esta tendência [homossexual] radicada não sejam aceites no ministério ou na vida consagrada", sustenta, sublinhando que quem não conseguir manter o celibato deve abandonar a vida religiosa.

Para o Sumo Pontífice, a questão é "muito séria" e tem de ser levada em conta na avaliação dos candidatos. "Temos de ser exigentes. Nas nossas sociedades, a homossexualidade parece ser moda e esta mentalidade influencia também a vida da Igreja", avançou.

A entrevista foi realizada em meados de agosto, menos de duas semanas antes de o arcebispo Carlo Maria Viganò, antigo embaixador do Vaticano nos EUA, causar polémica ao acusar o Papa de ignorar abusos sexuais sobre seminaristas do cardeal norte-americano Thedore McCarrick, de 88 anos. Viganò denunciou ainda uma "rede de homossexuais" no Vaticano, cujos membros se ajudam para promover as carreiras na Igreja. A Santa Sé reagiu acusando o cardeal de "calúnia e difamação".

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