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Pedro Sánchez afasta PP e acena ao Podemos em Espanha

Socialistas acreditam num “entendimento” com Iglesias para viabilizar a investidura.

12 de novembro de 2019 às 09:43

O PSOE rejeitou esta segunda-feira uma ‘grande coligação’ com o Partido Popular para ultrapassar o bloqueio político em Espanha e mostrou-se confiante num "entendimento" com o Podemos e outros partidos para conseguir uma maioria estável no Parlamento.

"O nosso compromisso é que haja um governo progressista", disse o secretário de Organização do PSOE, José Luís Ábalos, repetindo as palavras de Pedro Sánchez na noite eleitoral, em que os socialistas voltaram a ser o partido mais votado mas ficaram longe da maioria.

Questionado sobre uma aliança com o PP, Ábalos foi taxativo na recusa e adiantou que os socialistas nem sequer esperam que os populares possam abster-se na investidura de Sánchez "devido à pressão da extrema-direita". O dirigente do PSOE manifestou, isso sim, abertura a uma coligação com o Podemos, com o qual os socialistas não conseguiram chegar a acordo em abril. "A disposição é para nos entendermos, estamos abertos a escutar e tentar chegar a um acordo."

O Podemos, que ainda não esqueceu o desplante de abril, endureceu entretanto as exigências para apoiar Sánchez. Além de uma coligação formal, o partido exige uma "representação proporcional" no governo, o que equivale a seis ou sete ministros, um dos quais seria o seu líder, Pablo Iglesias. "Desta vez não haverá vetos", garante o partido.

Separatistas cortam fronteira com França

Centenas de independentistas catalães cortaram esta segunda-feira a autoestrada A7 em Jonquera, na fronteira com França, impedindo durante várias horas a circulação automóvel. Os manifestantes ocuparam ambos os lados da via do lado francês, levando a uma forte mobilização policial.

Rivera demite-se e abandona a política

O líder do Cidadãos, Albert Rivera, anunciou esta segunda-feira a demissão e a sua saída da política após a estrondosa derrota do partido no domingo.

O Cidadãos, que tinha sido o terceiro partido mais votado em abril e esteve perto de ultrapassar o PP, perdeu mais de dois milhões e meio de votos e 47 deputados, passando e ter apenas 10 lugares no Parlamento. "A vida é mais do que a política", afirmou Rivera, único líder que o partido conheceu em 13 anos.

PORMENORES

Reforço independentista

Os partidos independentistas catalães reforçaram a sua presença no Parlamento espanhol com a entrada da CUP, que elegeu dois deputados, mas continuam a não chegar aos 50% de votos na Catalunha.

Sánchez não atende

Pedro Sánchez continua sem atender o telefone a Quim Torra. O líder do governo autonómico catalão voltou esta segunda-feira a tentar falar com o primeiro-ministro, mas não conseguiu. "Queria dizer-lhe para ler bem os resultados das eleições na Catalunha e para dialogar", disse Torra.

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