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"Portugal estará sempre do lado dos consensos que resolvam as crises": Marcelo apela ao multilateralismo na ONU

PR destacou a importância de “ampliar e acelerar as reformas nas Nações Unidas”, na gestão, na paz e segurança e no sistema de desenvolvimento.

21 de setembro de 2021 às 17:18

Marcelo Rebelo de Sousa discursou esta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas e na intervenção, de cerca de 10 minutos, deixou um claro apelo à necessidade de seguir o caminho do multilateralismo, algo a que apelou diversas vezes aos presentes.

"Como aqui disse em junho, felicito-o pelo exemplar primeiro mandato", disse sobre António Guterres. Agradeceu em seguida à AG da ONU a confiança "depositada na pessoa certa, no momento certo".

Marcelo destacou a importância de "galvanizar a ação climática", para cumprir as metas internacionais, assim como a importância de cumprir os desafios dos direitos humanos, como a garantia da igualdade de género em todo o mundo.

"O mundo é multipolar, nenhum pólo, nenhuma potência tem condições para enfrentar sozinha ou com alguns parceiros, alterações climáticas, pandemias, crises, terrorismo, desinformação e promover a proteção dos vulneráveis e dos direitos humanos. A governação de um mundo multipolar necessita de consenso entre as nações", considerou o Presidente da República, adiantando que é preciso "ampliar e acelerar as reformas nas Nações Unidas", na gestão, na paz e segurança, no sistema de desenvolvimento".

"Portugal estará sempre do lado dos consensos que resolvam as crises, tal como a EU, está do lado do multilateralismo.", sublinhou.

Marcelo defendeu o multilateralismo, "na reforma da OMS, na garantia das vacinas globais, nos objetivos de 2020/2030, na realização pacto global das migrações". "Portugal organiza com o Quénia, em 2022, em Lisboa, a II Conferência dos Oceanos da ONU, dimensão essencial da ação climática. Portugal apoia a necessidade do reconhecimento do direito ao ambiente saudável, e promove o diálogo Europa-África", enumerou na intervenção.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou Jorge Sampaio e a sua "iniciativa corajosa" de criar uma plataforma de acolhimento aos estudantes sirios, alargada depois a refugiados afegãos.

"O isolacionismo, o proteccionismo, o unilateralismo, o populismo e a xenofobia conduzem a becos sem saída", avisou o Presidente da República, assinalando que a mensagem de António Guterres, deixada na AG da ONU é "clara, lúcida e virada para o futuro, um apelo a todos os cidadãos do mundo".

"Não é só no clima que não há planeta B; é em tudo. Precisamos mais do que nunca de um multilateralismo, não nos discursos, nas ações. Não há mesmo mais tempo a perder", terminou Marcelo Rebelo de Sousa.

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