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Presidente israelita tenta mediar polémica reforma judicial na véspera de voto

Governo israelita pretende instaurar uma lei que proíbe o Tribunal Supremo e outros tribunais de aplicar o critério de "razoabilidade" para vetar decisões do executivo.

23 de julho de 2023 às 19:57

O Presidente israelita, Isaac Herzog, reuniu-se este domingo com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para tentar mediar as divergências entre o Governo e a oposição antes do voto de segunda-feira no parlamento sobre a polémica reforma judicial.

Trata-se de uma proposta do executivo israelita que tem provocado várias manifestações contra a medida no país.

O governo israelita pretende aprovar e instaurar uma lei que proíbe o Tribunal Supremo e outros tribunais de aplicar o critério de "razoabilidade" para vetar decisões do executivo, temendo-se que os protestos subam de tom se a medida for aprovada na segunda-feira.

Herzog teve "uma reunião urgente com o primeiro-ministro como parte dos seus esforços para chegar a um acordo entre as partes", informou o seu porta-voz, que detalhou que esta noite o Presidente irá reunir-se também com o líder da oposição, Yair Lapid.

"Este é um momento de emergência. Há que chegar a um acordo", sublinhou Herzog, que se encontrou com Netanyahu logo depois do desembarque no aeroporto internacional Ben Gurion após uma visita oficial aos Estados Unidos.

O encontro teve lugar no centro médico Sheba, nos arredores de Telavive, onde Netanyahu está a recuperar de uma cirurgia realizada na passada madrugada, em que colocou um 'pacemaker', um pequeno aparelho para controlar e promover os batimentos cardíacos.

A tentativa de mediação por parte do Presidente acontece após vários falhanços nos últimos meses, que levou a cabo largas negociações com as partes antes destas colapsarem em junho.

Os protestos deste domingo seguem mais um dia histórico de mobilização, em que mais de 550.000 israelitas saíram às ruas de todo o país para expressar a sua rejeição à reforma.

No entanto, em Telavive, vários milhares concentraram-se este domingo para expressar o seu apoio à reforma, com mensagens de apoio a Netanyahu e o seus parceiros de ultra direita da coligação.

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