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Processo separatista da Catalunha visou encobrir o ‘caso dos 3%’

Independentismo terá servido para esconder corrupção no governo catalão.

07 de março de 2018 às 08:38

Documentos apreendidos aos Mossos d’Esquadra revelam que o processo independentista da Catalunha nasceu como forma de encobrir o escândalo de corrupção no governo autonómico, que ficou conhecido como ‘caso dos 3%’, numa referência à comissão alegadamente cobrada pelos dirigentes da coligação Convergência e União (CiU) em troca da concessão de obras públicas.

Segundo o ‘El Mundo’, os referidos documentos, que foram intercetados pela Guardia Civil quando iam ser incinerados pelos Mossos d’Esquadra na véspera da aplicação do Artigo 155, em outubro último, incluem relatórios policiais sobre as "estruturas de cobertura" montadas pelos dirigentes da CiU - incluindo o então presidente da Generalitat, Artur Mas - com o objetivo de "camuflar a cobrança de subornos e/ou comissões", incluindo "o início de um hipotético plano independentista que nasceu de uma reunião realizada a 25 de novembro de 2011".

Posteriormente, realizou-se outra reunião "em que participaram os filhos do antigo presidente catalão Jordi Pujol", tido como o autor do célebre esquema dos 3%, que foi inicialmente denunciado em 2005 mas que acabou arquivado. O caso foi posteriormente reaberto em 2015 e continua em investigação.

Sànchez pede liberdade para ser investido 

O deputado separatista Jordi Sànchez, preso preventivamente desde novembro, pediu ao Supremo Tribunal para sair da cadeia em liberdade condicional para poder ser investido como presidente do governo da Catalunha na sessão parlamentar agendada para a próxima segunda-feira. Sànchez foi nomeado pelo Juntos Pela Catalunha devido à impossibilidade de investir Carles Puigdemont. No entanto, a sua eleição não está garantida devido à recusa da CUP em apoiá-lo.

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