Estiveram presentes 2.300 polícias e cerca 1.500 jovens.
A grande superioridade numérica de polícias em relação a manifestantes transformou, na noite de quinta-feira, o terceiro protesto do ano em São Paulo contra a realização do próximo Mundial da FIFA, no Brasil, numa mera caminhada quase pacífica. Ao longo de quase cinco horas de percurso, o protesto teve alguns momentos de tensão e chegou a haver actos isolados de vandalismo, mas sem gravidade e sem que se tenha repetido a violenta batalha campal do último protesto, a 22 de Fevereiro, quando 230 manifestantes foram detidos após confrontos generalizados e pilhagens de edifícios públicos e particulares no centro da cidade.
Para uma multidão de cerca de 1.500 jovens, a Polícia Militar, responsável pela segurança pública, destacou para a manifestação 2.300 homens, reforçados por grande quantidade de motas, viaturas e até helicópteros, que faziam parecer o efetivo ainda maior.
Com 800 homens a mais do que o total de manifestantes, a polícia controlou o protesto sem dificuldades. Desde a saída do Largo da Batata, no elegante bairro de Pinheiros, e ao longo das avenidas Brigadeiro Faria Lima, Rebouças e Paulista, motas da polícia seguiram à frente da multidão, enquanto largas centenas de militares fizeram uma espécie de cordão de isolamento de um lado e do outro dos manifestantes, seguindo os outros polícias, nomeadamente os da força de intervenção, no final do desfile.
Não houve confrontos nem foram disparadas balas de borracha ou granadas de gás. Na Avenida Paulista chegou a temer-se um confronto quando radicais partiram a fachada de vidro de uma agência do Banco do Brasil, atiraram um cocktail molotov contra o Museu de Arte de São Paulo (MASP) e tentaram vandalizar a estação do metro Trianon, mas em todos os casos a polícia controlou a situação sem dificuldade ou uso de violência.
A chuva torrencial, que atingiu a cidade pouco antes do início do protesto, também deve ter contribuído para a dispersão parcial dos manifestantes. O dia foi tão desastroso para os promotores do protesto, entre eles entidades ligadas ao movimento estudantil, saúde, transportes e sindicatos, que até pessoas que assistiam no passeio à passagem dos manifestantes ganharam coragem e participaram com máscaras ligadas ao grupo radical ‘Black Bloc’, que normalmente os responsáveis pelos atos de vandalismo durante as manifestações.
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