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Puigdemont libertado denuncia vergonha

Líder catalão pediu a libertação dos presos políticos e apelou a Espanha para negociar.

07 de abril de 2018 às 09:48

O ex-presiente catalão Carles Puigdemont deixou esta sexta-feira a prisão alemã de Neumünster e, nas primeiras declarações públicas, pediu "a libertação imediata" de todos os detidos no âmbito da luta pela independência da Catalunha. Instou ainda Espanha a dialogar com as instituições nacionalistas catalãs.

"É uma vergonha para a Europa ter presos políticos", afirmou Puigdemont, pedindo a libertação "de totodos os companheiros que continuam nas prisões espanholas".

O líder catalão disse ainda que "é tempo de dialogar" e repetiu acusações a Espanha. "Pedimos diálogo a Espanha nos últimos anos e só recebemos uma resposta violenta e repressiva. Chegou a hora de fazer política."

Puigdemont saiu em liberdade depois de pagar uma fiança de 75 mil euros imposta pela Justiça alemã, que descartou o delito de rebelião que lhe é imputado por Espanha. Contudo, o processo de extradição continua em estudo, mas agora apenas pelo delito de malversação de fundos públicos, punível com até 12 anos de cadeia.

O tribunal de Schleswig-Holstein impôs a Puigdemont a obrigatoriedade de apresentações semanais na polícia e proibiu-o de sair da Alemanha.

PORMENORES 

Recurso para a Europa

O juiz Pablo Llarena, do Supremo Tribunal espanhol, pondera levar ao Tribunal Europeu de Justiça um caso relativo a alterações necessárias na tramitação das ordens internacionais de prisão e extradição.

Alternativas de Espanha

Após a recusa da Alemanha de extraditar Puigdemont pelo delito de rebelião, Espanha pode aceitar que seja extraditado por malversação de fundos públicos, delito punível com um máximo de 12 anos de cadeia. Pode ainda, em alternativa, retirar a ordem de extradição e esperar deter Puigdemont noutro local.

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