Militar de 37 anos estaria a atravessar uma crise conjungal. FBI investiga se motivações do ataque foram pessoais ou políticas.
Matthew Livelsberger, um militar de 37 anos com várias condecorações, era o condutor do Tesla Cybertruck que explodiu em frente ao hotel de Donald Trump em Las Vegas, EUA, no primeiro dia de 2025. Pai de uma filha bebé e a sofrer uma crise conjugal, é descrito como “uma espécie rambo” patriótico e apoiante de Trump.
Imagens de videovigilância mostram momento em que Tesla explode em frente a hotel de Trump em Las Vegas
O militar, que integrava as Forças Especiais do Exército dos EUA, tinha acabado de regressar de uma missão na Alemanha e estava de licença, segundo fontes do Exército, citadas pela Associated Press (AP), quando decidiu alugar um Tesla que fez explodir em frente ao Trump International Hotel em Las Vegas.
Segundo a AP, que cita fontes da investigação, o militar terá tido uma discussão com a mulher pouco antes de sair para alugar o carro e comprar as armas que foram encontradas dentro do veículo onde acabou por disparar sobre si próprio, pouco antes de os explosivos que se encontravam na viatura terem sido detonados.
O New York Post avança mesmo que a mulher terá colocado um ponto final na relação no dia a seguir ao Natal, acusando Matthew de infidelidade. O casal tem uma filha bebé.
Matthew Livelsberger, natural de Colorado Springs, integrava as Forças Especiais do Exército dos EUA, uma equipa de elite altamente treinada que trabalha no combate ao terrorismo no estrangeiro e no treino de outros militares. Matthew servia o exército desde 2006 e tem uma carreira marcada por missões no estrangeiro. Esteve duas vezes no Afeganistão e serviu ainda na Ucrânia, Tajiquistão, Geórgia e Congo.
As suas qualidades foram reconhecidas com cinco estrelas de bronze, incluindo uma pela coragem demonstrada debaixo de fogo, um distintivo de infantaria e uma Medalha de Comenda do Exército.
Segundo apuraram as autoridades que estão agora a investigar o caso, o militar vivia com a mulher e a filha bebé em Colorado Springs, no estado do Colorado. Matthew é descrito pelos vizinhos como uma “pessoa normal”, que não demonstrava qualquer sinal de poder colocar alguém em perigo.
Uma “espécie de rambo” patriótico e apoiante de Trump
Um familiar do militar, ouvido pela agência Reuters, revela que Matthew sempre sonhou ingressar no Exército dos EUA: “Desde pequeno que queria ser militar nas Forças Especiais”.
O mesmo familiar adiantou que o militar era apoiante de Donald Trump, vendo o recém-eleito presidente como alguém que “adora os militares”: “Ele acreditava que o Trump era a melhor coisa do mundo."
Ao The Independent, um tio de Matthew, Dean, descreveu-o como uma “espécie de rambo” e destacou a adoração que o sobrinho sentida por Trump. “Ele costumava fazer publicações patrióticas no Facebook, adorava o país a 100%”, sublinha Dean, destacando: “Ele adorava Trump e era um soldado muito, muito patriótico, a um verdadeiro americano patriota. Foi por isso que esteve nas Forças Especiais durante tantos anos. Não era só pelo sentido de dever”.
Apesar de tudo indicar que Matthew seria apoiante de Trump, o FBI está a investigar se as motivações do ataque foram pessoais ou políticas, uma vez que a explosão ocorreu em frente a um hotel do recém-eleito presidente e com um veículo Tesla, produzido pela empresa de Elon Musk, aliado de peso do republicano.
A vida antes do exército
Antes de ingressar no exército, em 2006, Matthew Livelsberger fez o ensino secundário na cidade de Bucyrus, no norte do Ohio, onde jogava futebol e basebol, aparentando ser um jovem alegre e popular.
Segundo o familiar ouvido pela Reuters, nada fazia prever que Livelsberger estivesse a planear um ataque como o que ocorreu em Las Vegas.
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O militar, que deu um tiro na cabeça antes da explosão, tinha no carro duas pistolas semiautomáticas, um cartão de identificação, o passaporte, um iPhone e cartões de crédito.
As autoridades estão também a investigar uma eventual ligação entre a explosão em Las Vegas e o atropelamento em massa que matou 15 pessoas horas antes em Nova Orleães. Para já, o FBI afirma não existir qualquer ligação entre os dois casos, apesar de ambos terem sido protagonizados por militares e de Livelsberger e Shamsud-Din Bahar Jabbar, autor do crime de Nova Orleães, terem estado na mesma base militar da Carolina do Norte. Contudo, fontes ouvidas pela AP, esclarecem que os dois militares não estiveram em Fort Liberty na mesma altura.
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