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Regina Duarte aceita convite de Jair Bolsonaro para comandar pasta da Cultura

Ao que tudo indica, a atriz ainda não tomou posse porque tem um dívida de 69 mil euros com a pasta em questão.

29 de janeiro de 2020 às 22:58

A atriz Regina Duarte, de 72 anos, aceitou ao final da tarde desta quarta-feira o convite do presidente Jair Bolsonaro para ser a nova secretária Nacional da Cultura. O convite tinha sido feito por Bolsonaro no passado dia 17, mas até esta quarta-feira a atriz ainda não tinha anunciado publicamente a aceitação do cargo, apesar de há uma semana já estar a trabalhar na sede da pasta, em Brasília.

Regina Duarte, que, tal como Bolsonaro, afirmou todos estes dias que ambos estavam a "noivar", esta quarta-feira, após confirmar a aceitação do convite, declarou que, a partir de agora, os dois estão na fase de "proclamas", o período que antecede a realização oficial do enlace. Traduzindo, isso quer dizer que, ao contrário do que é normal, Regina Duarte não vai ser oficializada no cargo já esta quinta ou sexta-feira.

À saída da reunião entre ambos no palácio presidencial, que durou pouco mais de meia hora, Jair Bolsonaro afirmou que a atriz precisa de mais algum tempo porque está "a resolver algumas questões pessoais", sem revelar quais. Só depois disso haverá a tomada de posse oficial.

Ninguém tocou no assunto, mas uma dessas questões pode ser uma dívida que Regina Duarte tem com a pasta da Cultura, de aproximadamente 69 mil euros. Ela recebeu há alguns anos atrás um financiamento da pasta da Cultura para a montagem de uma peça de teatro, mas os órgãos de fiscalização da secretaria consideraram que houve irregularidades no uso desse montante e ela foi condenada a devolver o dinheiro em 2018, o que não fez até agora.

O convite de Jair Bolsonaro a Regina Duarte, sua apoiante desde o primeiro momento da candidatura presidencial dele, ocorreu após a demissão do antigo secretário, Roberto Alvim, também no passado dia 17. Alvim provocou uma vaga de indignação ao usar como seu na divulgação de um programa de incentivo à Cultura parte de um discurso do ex-ministro da Propaganda de Adolf Hitler, Joseph Goebbels.

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