A edição de hoje
38 pessoas morreram.
Foram reveladas as últimas palavras do piloto do avião da Azerbaijan Airlines que se despenhou, na quarta-feira, no Cazaquistão, resultando na morte de 38 pessoas.
“Não consigo executar, o controlo está perdido”, terá dito o piloto momentos antes da aeronave se despenhar, avança o The Mirror.
O voo, que partiu de Baku com destino a Grozny, na Chechénia, foi desviado da sua rota original, atravessando o Mar Cáspio e seguindo em direção ao Cazaquistão. Durante o desvio, o avião perdeu contacto com os sistemas de rastreio, como o 'Flight Radar', sendo localizado novamente apenas quando sobrevoava o território cazaque.
A comunicação com o controlo aéreo revelou que a tripulação enfrentou uma falha no sistema de navegação GPS e um possível impacto com aves, mas não conseguiu retomar o controlo da aeronave.
A transcrição das comunicações entre a tripulação e o controlo aéreo revela uma série de falhas técnicas e problemas críticos durante o voo, segundo o The Mirror.
Às 8h12, a tripulação relatou falhas no sistema de navegação GPS e solicitou autorização para retornar ao aeroporto de origem devido ao encerramento do aeroporto de Grozny. Pelas 8h16, foi reportado um impacto com aves, seguido de dificuldades de controlo da aeronave e um minuto depois, às 8h17, o piloto anunciou uma mudança de destino, direcionando-se para um aeroporto no sul da Rússia.
De acordo com o The Mirror, durante o diálogo com o controlo de solo, foi-lhe recomendado realizar uma manobra de órbita, mas a resposta foi clara: “Não consigo executar, o controlo foi perdido”. A situação agravou-se com a falha do sistema hidráulico, relatada às 8h22.
Apesar disso, a tripulação tentou manter a comunicação e negou ter declarado emergência formal a bordo.
O avião desapareceu dos radares por 37 minutos antes de reaparecer na tentativa de aterragem em Aktau.
As imagens divulgadas nas redes sociais mostraram a fuselagem do avião com buracos, o que suscitou especulações sobre a possibilidade de o avião ter sido abatido pelas defesas aéreas russas.
A hipótese, agora confirmada por fontes no Azerbaijão próximas da investigação, e citadas pela Reuters, baseava-se na possibilidade de o voo ter sido confundido com um drone ucraniano, tendo em conta o contexto de ataques na região.
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