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Rússia recomenda a Finlândia e Suécia maior preocupação com o destino da Gronelândia do que com o da Ucrânia

Donald Trump retomou a ideia do primeiro mandato (2017-2021) de os Estados Unidos assumirem o controlo da Gronelândia.

18 de fevereiro de 2025 às 11:53

A diplomacia russa recomendou esta terça-feira aos países do norte da Europa que se preocupem mais com o destino da Gronelândia, pretendida pelos Estados Unidos, do que com o da Ucrânia.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, retomou a ideia do primeiro mandato (2017-2021) de os Estados Unidos assumirem o controlo da Gronelândia, um território autónomo da Dinamarca, citando a segurança internacional.

Num comentário que divulgou esta terça-feira nas redes sociais, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, referiu que os governos da Finlândia e da Suécia convocaram reuniões com os respetivos parlamentos para discutir a questão da Ucrânia.

"Talvez os países do norte da Europa discutam os seus próprios problemas prementes - a Gronelândia? Pelo menos, ao mesmo tempo", escreveu Zakharova.

A Finlândia (2023) e a Suécia (2024) tornaram-se membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), na sequência da guerra da Rússia contra a Ucrânia, pondo termo a uma política histórica de não-alinhamento militar.

O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, convocou para hoje uma reunião parlamentar sobre política externa e segurança, tendo em conta possíveis negociações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia, segundo o jornal Helsingin Sanomat.

A questão também será esta terça-feira discutida pelos deputados suecos, segundo a imprensa local.

Zakharova comentou que a Rússia assiste a uma reação nervosa dos países ocidentais aos contactos entre Moscovo e Washington, que, segundo a diplomata, estão a provocar uma verdadeira histeria.

"Estamos a assistir a uma reação nervosa, para não dizer de pânico, do Ocidente aos contactos russo-americanos", afirmou.

"Os contactos russo-americanos aos mais altos níveis estão a provocar uma verdadeira histeria entre os euro-atlânticos", acrescentou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citada pela agência oficial russa TASS.

Os comentários de Zakharova surgem no dia em que os chefes da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e norte-americana, Marco Rubio, se reuniram em Riade, para discutir "o restabelecimento da cooperação numa série de projetos económicos".

"A reunião também analisará a questão da preparação para a discussão do acordo ucraniano e para a reunião dos líderes da Rússia e dos Estados Unidos", acrescentou a TASS.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, que esteve sob a esfera de Moscovo até ao colapso da União Soviética em 1991.

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