A edição de hoje
Novas regras de aprovação com maioria simples de votos aplicam-se a escalões inferiores e não judiciais.
O Senado norte-americano confirmou esta noite de uma só vez 48 nomeados do Presidente Donald Trump, numa votação com novas regras impostas pelos republicanos, que se queixavam de obstrução pelos democratas.
As novas regras de aprovação com maioria simples de votos aplicam-se a escalões inferiores e não judiciais, excluindo nomeações para cargos de alto nível no executivo, e permitem que os republicanos do Senado apresentem múltiplos nomeados.
"Os republicanos repararam um processo avariado", disse Thune antes da votação.
Thune sublinhou que, nas comissões especializadas, os confirmados esta quinta-feira tiveram votos bipartidários, incluindo secretários adjuntos dos Departamentos de Defesa, Interior, Energia e outros.
O Senado votou por 51 votos a favor e 47 contra para confirmar as quase cinco dezenas de nomeados.
Entre os confirmados estão Jonathan Morrison, o novo líder da Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA), e Kimberly Guilfoyle, embaixadora na Grécia e apresentadora de televisão que liderou a angariação de fundos para a campanha de Trump em 2020 e já esteve noiva do filho de Trump, Donald Trump Jr..
Depois de os democratas forçarem múltiplas votações em quase todas as escolhas de Trump, na semana passada os republicanos do Senado introduziram novas regras para confirmação de grandes grupos de nomeações.
Democratas e republicanos têm obstruído as nomeações uns dos outros há anos, e quando estão em maioria os senadores de ambos os partidos defendem a aceleração do processo.
Segundo a AP, contudo, esta foi a primeira vez na história recente em que o partido minoritário não permitiu pelo menos algumas confirmações rápidas.
O líder democrata do Senado, Chuck Schumer, disse que os democratas estão a atrasar as nomeações porque os nomeados de Trump são "historicamente maus".
Os republicanos propuseram inicialmente a alteração das regras no início de agosto, quando o Senado entrou em férias de um mês após um colapso nas negociações bipartidárias sobre o processo de confirmação.
Trump disse então nas redes sociais ao líder democrata do Senado, Chuck Schumer, para "IR PARA O INFERNO!".
O Partido Republicano detém atualmente maioria nas duas câmaras do Congresso.
Os republicanos tomarão medidas para confirmar uma segunda leva de nomeados nas próximas semanas, limpando gradualmente a lista de mais de 100 nomeações pendente há meses.
"Haverá mais por vir", disse Thune esta quinta-feira.
"E vamos garantir que a administração do Presidente Trump seja preenchida a um ritmo mais parecido com o dos seus antecessores".
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