Visita do chefe da diplomacia senegalesa à Guiné-Bissau acontece na véspera da chegada ao país de uma missão dos chefes militares da Costa do Marfim, do Gana, da Nigéria e do Senegal.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Senegal, Cheik Niang, afirmou este domingo em Bissau que o seu país está determinado a acompanhar o processo de transição na Guiné-Bissau, na sequência do golpe de Estado de 26 de novembro.
O chefe da diplomacia senegalesa, que se deslocou este domingo a Bissau para uma visita de algumas horas, reuniu-se com o Presidente guineense de transição, o general Horta Inta-A, na presença do Alto Comando Militar que controla o poder no país.
À saída do encontro, Cheik Niang prestou declarações à imprensa, consultadas pela Lusa nas redes sociais.
"O Senegal veio reiterar, como sempre fez nas reuniões internacionais, nomeadamente recentemente na CEDEAO, a sua determinação de acompanhar a Guiné-Bissau neste período de transição para que o retorno da normalidade seja o mais rapidamente possível", afirmou o governante senegalês.
O Senegal não condenou o golpe militar de 26 de novembro e, como reconheceu hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de transição na Guiné-Bissau, João Bernardo Vieira, "é também o primeiro país a visitar as novas autoridades" em Bissau.
A visita do chefe da diplomacia senegalesa à Guiné-Bissau acontece na véspera da chegada ao país de uma missão dos chefes militares da Costa do Marfim, do Gana, da Nigéria e do Senegal.
Durante três dias, os chefes militares vão conversar com os autores do golpe de Estado para a implementação das resoluções da última cimeira de líderes da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO).
A organização pretende ver reduzido o período da transição fixado em 12 meses pelos militares, formado um governo civil e libertados os políticos detidos.
Na sequência do golpe, os militares prenderam alguns dirigentes da oposição, entre os quais Domingos Simões Pereira, presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Por outro lado, o opositor Fernando Dias da Costa, que reclama ter vencido as eleições presidenciais de 23 de novembro, encontra-se refugiado na embaixada da Nigéria em Bissau.
Antes de regressar ao Senegal, Cheik Niang deverá visitar Domingos Simões Pereira e outros detidos na 2.ª Esquadra de Bissau, bem como Fernando Dias, os quais, disse, espera ver em liberdade "o mais rapidamente possível".
A Guiné-Bissau está suspensa da CEDEAO, assim como da União Africana, consequência do golpe de Estado de 26 novembro, quando um Alto Comando Militar tomou o poder, destituiu o Presidente Umaro Sissoco Embaló, que deixou o país, e suspendeu o processo eleitoral.
A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) também suspendeu a Guiné-Bissau e transferiu a presidência rotativa da comunidade para Timor-Leste.
As eleições gerais, presidenciais e legislativas, tinham decorrido sem incidentes, mas na véspera da divulgação dos resultados oficiais, um tiroteio em Bissau antecedeu a tomada do poder pelo Alto Comando Militar, que nomeou o Presidente de transição, o general Horta Inta-A.
O general anunciou que o período de transição terá a duração máxima de um ano e nomeou como primeiro-ministro e ministro das Finanças Ilídio Vieira Té, antigo ministro de Embaló. Um novo Governo de transição foi, entretanto, empossado, com nomes do executivo deposto e cinco militares entre os 23 ministros e cinco secretários de Estado.
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