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Suspeito de balear dois elementos da Guarda Nacional perto da Casa Branca serviu ao lado das tropas americanas no Afeganistão

Processamento de pedidos de imigração referentes a cidadãos afegãos está suspenso por tempo indeterminado. Militares permanecem hospitalizados.

27 de novembro de 2025 às 12:05

Foi identificado o suspeito de balear dois elementos da Guarda Nacional no centro de Washington, na quarta-feira. A investigação aponta para Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, um cidadão afegão que terá servido ao lado das tropas norte-americanas no país durante 10 anos, segundo as autoridades e um familiar citados pela NBC. O suspeito também sofreu ferimentos de bala, mas não corre risco de vida. 

Lakanwal terá sido destacado para uma base militar em Kandahar durante o período em que esteve ao serviço do exército e chegou aos EUA cinco meses depois de o então presidente Joe Biden ter ordenado a retirada das tropas norte-americanas do Afeganistão, segundo informações revelados por um familiar próximo do suspeito. O homem morava em Bellingham, na zona de Washington, com a esposa e os cinco filhos, e trabalhava para a Amazon e Amazon Flex, avança a NBC.

"Após a desastrosa retirada de Joe Biden do Afeganistão, o Governo Biden justificou a vinda para os Estados Unidos do suspeito do tiroteio em setembro de 2021, com o trabalho anterior com o Governo norte-americano, incluindo a CIA, como membro de uma força parceira em Kandahar", disse o diretor da CIA citado pela Fox News.

Dois elementos da Guarda foram atingidos no momento em que patrulhavam a zona, tendo ficado gravemente feridos, num ataque que as autoridades acreditam ter sido "direcionado", na quarta-feira. Um alto funcionário da polícia disse à CBS News que teriam sido disparados de 10 a 15 tiros.

Jeffery Carroll, assistente executivo da polícia de Washington D.C., disse que o vídeo analisado pelos investigadores mostrou que o agressor "virou a esquina" e começou a atirar contra os militares. O suspeito abriu fogo com um revólver, segundo um agente citado pela AP.

"Não consigo acreditar que ele possa ter feito isto", aponta a testemunha em entrevista à NBC, que revela não falar com Lakanwal há vários meses. 

A capital dos EUA está a ser patrulhada por diversos soldados da Guarda Civil, a pedido do presidente norte-americano, Donald Trump. 

O governador de Virgínia tinha primeiramente adiantado que os dois militares tinham morrido, mas o diretor do FBI, Kash Patel, revelou que as vítimas estão hospitalizadas e em estado crítico. 

O presidente norte-americano, Donald Trump, já reagiu ao incidente através da sua rede social Truth Social. "O animal que atirou nos dois membros da Guarda Nacional, ambos gravemente feridos e agora internados em hospitais diferentes, também está gravemente ferido, mas, independentemente disso, pagará um preço muito alto. Deus abençoe a nossa grande Guarda Nacional e todos os nossos militares e policias. Essas são pessoas verdadeiramente extraordinárias", escreveu.

Na noite de quarta-feira, o Serviço para a Cidadania e Imigração dos EUA comunicou que o processamento de pedidos de imigração referentes a cidadãos afegãos está suspenso por tempo indeterminado, para que seja feita uma revisão mais aprofundada dos protocolos e verificação, refere a NBC.

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