Edifício de 26 andares invadido por famílias pobres colapsou após um violento incêndio.
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O presidente brasileiro, Michel Temer, escapou por muito pouco na manhã desta terça-feira de ser fisicamente agredido por populares ao ir ao centro da cidade de São Paulo, onde horas antes um edifício de 26 andares invadido por famílias pobres tinha colapsado após um violento incêndio. A segurança presidencial teve muita dificuldade para tirar o presidente dali incólume, ante a revolta da multidão, formada em grande parte por pessoas que viviam no edifício que desabou.
Assim que chegou, Temer, que tem acusado a imprensa de estar a persegui-lo ao repercutir repetidamente denúncias de corrupção que ele nega, foi de encontro aos jornalistas para dar explicações, pois o edifício era propriedade do governo central. Mal a presença dele foi percebida, começaram gritos hostis, entre eles "Golpista", numa referência ao movimento comandado por ele que culminou em 2016 com a destituição da então presidente Dilma Rousseff.
No meio do tumulto, ampliado pela correria dos bombeiros que ainda trabalhavam no rescaldo do incêndio, a Polícia Militar pediu ao presidente que se retirasse, pois não tinha como protegê-lo naquele momento. Quando Temer, cercado por inúmeros seguranças, começou a recuar em direção ao local onde estava estacionado o carro da presidência, a multidão apertou o cerco ao grupo que o protegia e a situação ficou muito tensa.
A muito custo, usando os cotovelos como armas e os próprios corpos como escudo ao chefe de Estado, os seguranças foram abrindo caminho à força. Um dos assessores presidenciais teve de usar uma pasta de cabedal para evitar que a chuva de objetos atirados com raiva pelos populares atingisse o rosto de Temer.
Mesmo quando o presidente já estava dentro do carro, para dentro do qual foi empurrado sem cerimónias pelos assessores assustados, vários populares tentaram partir os vidros do automóvel a murro para agredir o político, mas o motorista, apesar do grande número de pessoas na rua, conseguiu escapar em alta velocidade. Um dos presidentes mais impopulares da história do Brasil, Temer tem, de acordo com os levantamentos mais recentes, apenas entre 4% e 6% de aprovação.
Mais tarde, já em segurança, Temer deu uma explicação que não deve ter ajudado em nada a aumentar a simpatia por ele, reconhecendo, provavelmente por lapso, que só foi até ao local para manter as aparências. O presidente justificou a sua ida ao local da tragédia, onde centenas de pessoas perderam tudo o que tinham e por pouco não perderam a vida, afirmando que foi até lá porque, se não fosse, "as pessoas falariam".
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