Presidente aceitou finalmente a derrota nas eleições mas anunciou que não irá à transição de poder para o sucessor democrata.
Dois dias depois de incitar a a violência que levou à morte de cinco pessoas na invasão sem precedentes do edifício do Congresso, em Washington, o presidente Donald Trump mostrou esta sexta-feira atitude mais cordata. Admitiu, por fim, a derrota nas eleições presidenciais de novembro, prometeu uma transição pacífica de poder, mas anunciou, no Twitter (que reabriu a sua conta após 12 horas de suspensão) que não estará presente na tomada de posse de Joe Biden, no próximo dia 20. Condenou também a violência no Capitólio, dizendo-se “chocado” e acrescentando que aquele “não é o verdadeiro rosto da América”.
A condenação da violência foi sentida como uma traição pelos apoiantes que vandalizaram o Capitólio depois de Trump os incitar a agir para evitar o “roubo” da sua vitória. Alguns desses apoiantes condenaram também o anúncio de que não porá mais obstáculos à tomada de posse de Biden. Mas os mais fanáticos consideram que o vídeo em que Trump anuncia uma transição ordeira de poder foi falsificado, ou então filmado sob ameaça.
Por outro lado, a falta do presidente à passagem de testemunho para o sucessor na Casa Branca foi mal recebida por democratas e republicanos, por representar uma quebra da tradição. Mas, esse desafio aos costumes das boas práticas democráticas pode ser acompanhado de outros bem mais graves. De facto, Trump pondera seriamente usar os últimos dias na presidência para emitir um perdão judicial para si mesmo, algo permitido pela Constituição, mas nunca antes feito por nenhum presidente dos EUA.
Multiplicam-se as demissões após invasão do Capitólio
Desde a invasão do Capitólio somam-se as demissões no gabinete de Trump. As secretárias dos Transportes e da Educação, respetivamente Elaine Chao e Betsy DeVos, demitiram-se esta sexta-feira, elevando a pelo menos sete o número de saídas da Casa Branca em protesto pela violência.
Demite-se chefe da polícia
Ante as críticas à segurança da sede do Congresso dos EUA, Steven Sund, chefe da Polícia do Capitólio, anunciou que deixa o cargo no dia 16.
A polícia de Washington divulgou esta sexta-feira as fotografias de duas dezenas de pessoas procuradas por envolvimento na invasão do Capitólio.
Os invasores do Capitólio roubaram um computador pessoal de Nancy Pelosi, líder da Câmara de Representantes, e também um outro do senador Jeff Merkley, do Oregon.
Vítimas identificadas
Depois de Ashli Babbit, veterana da Força Aérea abatida no Capitólio, foram esta sexta-feira identificadas as outras três vítimas da invasão do edifício do Congresso. São Rosanne Boyland, de 34 anos, Benjamin Phillips, de 50 anos, e Kevin Greeson, de 55.
Polícia ferido nos tumultos morre
Subiu para cinco o número de mortos na invasão do Capitólio dos EUA, na quarta-feira. A nova vítima é o polícia Brian Sicknick, que estava hospitalizado e perdeu a vida na noite de quinta-feira. Natural de Nova Jérsia, era apoiante de Trump e tinha 42 anos . Participou nas duas guerras no Iraque e morreu devido a traumatismo craniano depois de ser agredido com um extintor de incêndios.
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