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Trump regressa à Casa Branca para “fazer a América grande”

Donald Trump toma hoje posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos. Republicano prometeu a maior deportação em massa da história, acabar com a guerra na Ucrânia e ameaça aumentar as taxas de importação.

20 de janeiro de 2025 às 01:30

Nasceu em Nova Iorque, a 14 de junho de 1946, o novo inquilino da Casa Branca, que toma hoje posse como 47.º Presidente dos EUA, sucedendo a Joe Biden. Não é a primeira vez que o republicano, filho de Anne MacLeod e Frederick Trump, grande empresário que fez fortuna no ramo do imobiliário, assume o cargo do mais alto representante da maior potência mundial. Já tinha conduzido os destinos do povo norte-americano entre 2017 e 2021, mas agora com uma agenda mais radical, que está a deixar tudo e todos ansiosos e inquietos, inclusive os seus aliados.

Com o lema ‘Make America Great Again’ (Fazer a América Grande Novamente), o homem mais velho a assumir os destinos do país (juntamente com o seu antecessor, Joe Biden, que também chegou à presidência aos 78 anos) parece determinado a virar o Mundo ao contrário.

Na política externa, o magnata norte-americano, com uma fortuna calculada em mais de seis mil milhões de euros, quer assumir o controlo do Canal do Panamá, reivindica a Gronelândia e ameaça anexar o Canadá. Donald Trump também já deixou claro aos países da NATO que sem aumentarem significativamente a sua contribuição para a Aliança Atlântica (disse recentemente que cada país deve gastar 5% do PIB com a defesa) que não contem mais com os Estados Unidos. Para já, contribuiu para calar as armas no Médio Oriente e deu os primeiros passos para fazer o mesmo na guerra da Ucrânia.

No dossiê económico, o controverso líder republicano diz-se determinado a impor pesadas taxas aos produtos oriundos de outros países, nomeadamente da União Europeia e da China.

No plano interno, além da deportação em massa de imigrantes ilegais, do corte nas despesas do Estado, desde logo através do despedimento de milhares de funcionários públicos, e da redução dos impostos, sobretudo no que toca às empresas, está nos seus planos revolucionar os setores da educação e da saúde, e de promover um combate sem tréguas contra a droga e o crime.

Revitalizar a indústria automóvel, mesmo que tal comprometa metas ambientais, é outra das suas bandeiras. Hoje, no discurso da tomada de posse, Donald Trump, pai de cinco filhos, que pegou no império da família, ainda jovem, e o tornou maior, deverá fazer luz sobre o que verdadeiramente espera a América e o Mundo.

Reza e toma chá com Joe Biden antes do juramento

Donald Trump começa o dia da sua tomada de posse com uma cerimónia religiosa numa igreja próxima da Casa Branca, que vai ocupar durante os próximos quatro anos. “Deus salvou minha vida por uma razão: para salvar nosso país e restaurar a América em sua grandeza”, disse o 47.º Presidente dos EUA na hora da vitória. Cumprido o ato de fé, Trump segue para a sua nova residência, onde se encontrará com Joe Biden. Tomarão um chá, antes de seguirem para o Capitólio, onde Trump prestará juramento, pelas 12h00 em Washington (17h00 em Lisboa) sob fortes medidas de segurança. O frio intenso (com temperaturas inferiores a 10 graus negativos) obrigaram a cerimónia a transferir-se do exterior para o interior da sede do poder legislativo federal norte-americana, mas nem esse facto diminuiu o estado de alerta máximo. As ruas e avenida da cidade estarão sob vigilância apertada de milhares de polícias e militares, fortemente armados, num raio de dezenas de quilómetros do capitólio, apoiados por drones e helicópteros. O trânsito estará cortado. Ainda assim, são esperadas manifestações contra e a favor do novo Presidente, não estando afastada a hipótese de confrontos, quer entre uns e outros quer com a polícia, já que são esperadas mais de 200 mil pessoas nos vários eventos ligados à tomada de posse.

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