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Pelo menos 22 pessoas ficam feridas em incêndio que destruiu uma fábrica de disfarces de Carnaval no Rio de Janeiro

Aproximadamente 100 pessoas estavam na fábrica quando o incêndio começou, perto das 7h40 locais, 10h40 em Lisboa.

12 de fevereiro de 2025 às 12:47

Pelo menos 22 pessoas foram hospitalizadas e estão em estado grave na sequência de um gigantesco incêndio que destruiu, esta quarta-feira, uma das maiores fábricas de disfarces e adereços de Carnaval do Rio de Janeiro, de acordo com informações dos hospitais para onde foram levadas. Uma dessas pessoas está mesmo em estado crítico, por ter inalado grande quantidade de fumo tóxico e muito quente, que provocaram queimaduras severas principalmente nas vias aéreas.

Desses feridos graves, nove estão no Hospital Getúlio Vargas, no bairro da Penha, o mais próximo do local da tragédia, mas há outras pessoas hospitalizadas no Hospital Federal de Bom Sucesso, no Hospital Municipal Sousa Aguiar, e em outras unidades de saúde da capital fluminense. Esses 22 feridos são os que foram levados para hospitais pelos bombeiros e outras forças oficiais, mas as televisões mostraram populares a socorrerem feridos mais leves antes da chegada dos bombeiros, e outras pessoas somente precisaram de atendimento ali mesmo no local e também não entraram na lista de vítimas.

As chamas deflagraram perto das 7h40 locais, 10 h40 de Lisboa, no rés-do-chão da fábrica Maximus Confecções, na Rua Roberto Silva, no bairro de Ramos, zona norte do Rio de Janeiro. Como o fogo começou em baixo, as cerca de 100 pessoas que estavam nos andares superiores do imóvel não tiveram como fugir, e houve cenas de pânico, com trabalhadores agarrados às grades que fechavam as janelas do edifício a gritarem por socorro e a tentarem respirar, vendo-se as labaredas logo atrás deles.

Os bombeiros tiveram de serrar as grades para só depois resgatarem as pessoas encurraladas pelo fogo, e demoraram quase três horas para controlar o incêndio, pois a fábrica estava a abarrotar de produtos altamente inflamáveis usados nos desfiles de Carnaval, como espuma, sprays de tinta, madeira, papelão, plástico e tecido. Ao todo, combateram o sinistro mais de 90 bombeiros de 13 quartéis, auxiliados por 25 viaturas e helicópteros.

No pior momento do incêndio, a escola vizinha à fábrica, com mais de dois mil alunos que tinham acabado de entrar, teve de ser esvaziada, tal como um condomínio residencial ali próximo, invadidos por densas nuvens de fumo. Além das vítimas, o fogo produziu grandes prejuízos materiais, pois algumas escolas de samba tinham naquela fábrica todas as fantasias que daqui a poucos dias seriam usadas nos desfiles de Carnaval pelos seus milhares de passistas.

Quando o fogo eclodiu, muitos trabalhadores, de adolescentes a uma senhora com 96 anos, dormiamde forma improvisada na fábrica, pois a proximidade do Carnaval exigia que fizessem turnos consecutivos, e nem iam para casa para darem conta do árduo trabalho. De acordo com os Bombeiros do Rio de Janeiro, a fábrica estava em situação irregular, não tinha alvará de incêndio nem qualquer plano de prevenção a um sinistro desse tipo, e estava a abarrotar de materiais acondicionados de forma errada e deixando espaços ínfimos para as pessoas se movimentarem.

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