Governo afirma tratar-se de "uma agressão extremista" que "visa privar o povo venezuelano do serviço elétrico, como parte de uma estratégia fascista destinada a desestabilizar".
A Corporação Elétrica Nacional da Venezuela (Corpoelec) denunciou esta quarta-feira que foi realizado "um novo ataque terrorista" que afetou duas linhas principais de transmissão de energia elétrica no país.
"O Governo nacional [venezuelano], através da Corpoelec, denuncia um novo ataque terrorista contra duas das principais linhas de transmissão de 765 kV, infraestrutura de vital importância para o fluxo de energia elétrica no país", afirma, num comunicado.
O documento, que não divulga quais as regiões do país afetadas, afirma tratar-se de "uma agressão extremista" que "visa privar o povo venezuelano do serviço elétrico, como parte de uma estratégia fascista destinada a desestabilizar a paz e a união nacional que prevalecerá diante das ameaças externas".
"Estes ataques constituem uma manifestação da guerra elétrica, promovida por grupos que operam ao serviço de interesses obscuros e agendas desestabilizadoras. O seu objetivo é claro: quebrar a harmonia nacional num cenário em que o império norte-americano ameaça a soberania com uma escalada bélica e psicológica", lê-se no comunicado.
Por outro lado, a Corpoelec diz ter ativado imediatamente os mecanismos de proteção e resposta, garantindo tanto a recuperação progressiva do serviço quanto a integridade da infraestrutura elétrica.
Vários comerciantes confirmaram à agência Lusa que várias regiões do estado venezuelano de Miranda estiveram esta quarta-feira sem energia durante várias horas.
Segundo as redes sociais venezuelanas, nas últimas horas registaram-se apagões elétricos em várias localidades de Caracas e dos estados de Miranda, Arágua, Carabobo, Mérida, Táchira, Zúlia, Anzoátegui, Sucre e Nova Esparta.
Na semana passada, a Corpoelec atribuiu quedas de energia e suspensão do serviço elétrico em várias regiões do país a um ataque contra duas linhas de transmissão de 230 kV.
Segundo a elétrica venezuelana, tratou-se de uma "sabotagem" ocorrida num contexto de uma "agressão sistemática" de parte dos Estados Unidos, que enviou barcos de guerra e militares para o mar das Caraíbas, numa alegada operação contra o tráfico de droga.
A Venezuela regista frequentes falhas no abastecimento de energia elétrica que afetam principalmente regiões distantes de Caracas, apesar de na capital também se registarem flutuações no serviço elétrico, principalmente em horas próximas ao meio-dia local.
Apesar de as instalações das centrais elétricas estarem militarizadas, o Governo venezuelano culpa frequentemente a oposição pelas falhas registadas, enquanto opositores e peritos apontam a má gestão, falta de manutenção e corrupção como causas principais.
Em março de 2019, uma falha na Central Hidroelétrica Simón Bolívar ocasionou um apagão, afetando os estados do país e o Distrito Capital (Caracas) que ficaram entre cinco e sete dias contínuos às escuras e sem comunicações telefónicas nem internet.
Segundo dados oficiais, nesse ano registaram-se 23.860 falhas elétricas na Venezuela.
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