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Vice-presidente eleita da Colômbia visita o Brasil mas ignora Bolsonaro

Francia Márquez fez duras críticas às acções do mandatário brasileiro em diversas áreas.

28 de julho de 2022 às 15:36

A vice-presidente eleita da Colômbia, Francia Márquez, que vai tomar posse em agosto, ignorou completamente o presidente Jair Bolsonaro na visita que fez ao Brasil, esta terça e quarta-feira. Em contrapartida, fez questão de se reunir com o ex-presidente Lula da Silva, líder em todas as sondagens sobre as novas presidenciais brasileiras, marcadas para dia 2 de Outubro.

O encontro entre Francia e Lula decorreu em São Paulo, na presença de outros políticos e líderes sociais. Foram discutidas as situações atuais nos dois países mas também questões ambientais e iniciativas sociais que podem ajudar as pessoas mais carenciadas nos dois países.

Depois de São Paulo, Francia Márquez, a primeira vice-presidente negra eleita na Colômbia, rumou para o Rio de Janeiro. Na capital fluminense, ela encontrou-se com outras lideranças de movimentos sociais e fez questão de visitar o Instituto Marielle Franco, criado em homenagem à vereadora carioca negra assassinada em 14 de Março de 2018 por dois ex-polícias, já presos, sem que até hoje no entanto se tenha descoberto o mandante do crime.

Sobre Jair Bolsonaro, a quem fez questão de não visitar, Francia Márquez afirmou que ele foi eleito democraticamente e a Colômbia respeita essa decisão do povo brasileiro, mas fez duras críticas às acções do mandatário brasileiro em diversas áreas. A vice-presidente eleita da Colômbia avaliou que está fadado ao fracasso desde o início um governo que não respeita negros, indígenas e mulheres e que não consegue compreender que a preservação da Amazónia diz respeito não somente à sobrevivência desse bioma mas da humanidade.

Jair Bolsonaro, um radical de extrema-direita, tem uma relação muito difícil com governos de países vizinhos, boa parte deles governados pela esquerda. Quando Francia Márques e o presidente Gustavo Petro foram eleitos na Colômbia, Bolsonaro afirmou que os colombianos tinham colocado no poder um terrorista e criminoso, aludindo ao facto de o agora presidente eleito do país vizinho ter feito parte do grupo guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC, quando era mais novo. 

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