Declarações surgem no dia em que a líder do executivo comunitário participou no terceiro diálogo estratégico com o setor automóvel.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu esta sexta-feira que os carros do futuro, mais ecológicos, sejam feitos na União Europeia (UE), estando a trabalhar com o setor "para torná-lo realidade" numa altura de tensões geopolíticas.
"Queremos que o futuro dos automóveis, e os automóveis do futuro, sejam feitos na Europa e, por isso, estamos a trabalhar de mãos dadas com a indústria para tornar isto uma realidade", disse Ursula von der Leyen, numa publicação na rede terceiro Diálogo Estratégico com o setor automóvel social X.
As declarações surgem no dia em que a líder do executivo comunitário participou no terceiro diálogo estratégico com o setor automóvel.
"Agora, à medida que a tecnologia transforma a mobilidade e a geopolítica redefine a concorrência global, não pode haver lugar para o 'do costume'. Juntos, garantiremos que a Europa permanece na vanguarda da inovação automóvel", vincou Ursula von der Leyen.
Ursula von der Leyen prometeu "proteger as empresas europeias contra a concorrência desleal, melhorar o acesso a matérias-primas críticas e apoiar os trabalhadores através da requalificação".
"Também ouvimos as preocupações da indústria e concedemos flexibilidade em conformidade. Iremos combinar a descarbonização com a neutralidade tecnológica", adiantou.
Na quarta-feira, Ursula von der Leyen disse que "o futuro dos carros e os carros do futuro têm de ser construídos na Europa", enquanto discursava no Parlamento Europeu no âmbito do debate do Estado da União, na cidade francesa de Estrasburgo.
A posição surge depois de, em maio passado, o Parlamento Europeu ter aprovado uma proposta da Comissão Europeia para dar mais anos aos fabricantes de carros da União Europeia (UE) para cortarem nas emissões poluentes de novos veículos, face ao anterior prazo de 2025, podendo fazê-lo de forma faseada.
As regras atuais estabelecem objetivos anuais, abrangendo períodos de cinco anos, para reduzir as emissões médias de CO2 de todo o parque automóvel europeu, estando previsto que, a partir de 2025, seja aplicável um objetivo anual de redução de 15% abaixo dos níveis de 2021 para o período 2025-2029.
Em março deste ano, a Comissão Europeia propôs uma alteração ao regulamento que estabelece normas de desempenho em matéria de emissões de CO2 dos automóveis novos de passageiros e dos veículos comerciais ligeiros novos, visando maior flexibilidade sobre as metas fixadas entre 2025 e 2027.
Na prática, a alteração permitirá que os fabricantes cumpram as suas obrigações para os anos de 2025, 2026 e 2027 calculando a média do seu desempenho ao longo do período de três anos, em vez de cada ano separadamente.
Isto permitir-lhes-á equilibrar quaisquer emissões anuais excedentárias, ultrapassando o objetivo no ano ou anos seguintes e, assim, terão mais tempo (dois ou três anos) para cumprirem estas metas ambientais.
A medida surge num contexto de crise do setor automóvel da UE, ameaçado também pelas ameaças pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, entretanto amenizadas com um acordo comercial que fixa em 15% as tarifas dos Estados Unidos aos carros europeus.
O setor automóvel da UE emprega cerca de 13,8 milhões de pessoas (aproximadamente 6,1% da força de trabalho total) e representa cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) da UE.
Em 2022, gerou um valor acrescentado bruto de aproximadamente 237 mil milhões de euros e exportações no valor de 235,6 mil milhões euros, com um excedente comercial de 90,6 mil milhões de euros.
Em termos de produção, foram fabricados 12,1 milhões de veículos em 2023.
De momento, o setor automóvel comunitário enfrenta desafios como a transição para veículos elétricos, o aumento da concorrência internacional (particularmente da China) e o aumento dos custos de produção.
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