page view

Washington anuncia quarto pacote de sanções associado ao petróleo iraniano

Com as medidas, Washington espera "reduzir o fluxo de receitas, desmantelando elementos essenciais da máquina de exportação de energia do Irão".

09 de outubro de 2025 às 17:51

Os Estados Unidos anunciaram esta quinta-feira uma nova série de sanções que visam cerca de 50 pessoas, empresas e navios, sobretudo com sede na Ásia, acusados de participarem na venda e transporte de gás e petróleo iranianos.

As novas sanções têm como alvo uma rede acusada de fazer transitar o equivalente a várias centenas de milhões de dólares em gás e petróleo iranianos, "fornecendo um financiamento essencial ao regime iraniano e apoiando grupos terroristas que ameaçam os Estados Unidos", de acordo com um comunicado do Departamento do Tesouro.

Entre os alvos destas sanções contam-se cerca de 20 navios pertencentes à chamada "frota fantasma" iraniana, um terminal petrolífero na China, bem como várias refinarias independentes chinesas, conhecidas como "chaleiras".

Com as medidas, Washington espera "reduzir o fluxo de receitas, desmantelando elementos essenciais da máquina de exportação de energia do Irão".

"Este governo pretende limitar a capacidade do regime [iraniano] de financiar grupos terroristas que ameaçam os Estados Unidos", declarou o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, citado no comunicado.

O novo pacote de sanções é o quarto que incide, em particular, sobre refinarias independentes com sede na China, precisou o Departamento do Tesouro norte-americano.

No entanto, várias empresas com sede nos Emirados Árabes Unidos (EAU) também são visadas, acusadas de desempenharem um papel de facilitadoras nas trocas comerciais relacionadas com o gás e o petróleo iranianos.

Quanto às cerca de duas dezenas de navios alvo das sanções, estes operam principalmente sob pavilhão do arquipélago de Palau ou do Panamá, mas também de vários países africanos, nomeadamente Gâmbia e Comores.

As sanções implicam o congelamento dos bens detidos, direta ou indiretamente, nos Estados Unidos pelas pessoas e empresas visadas, bem como a proibição de qualquer transação comercial com entidades ou cidadãos norte-americanos.

Esta interdição aplica-se igualmente a empresas estrangeiras que utilizem o dólar nas transações com os alvos das sanções.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8