Carlos Rodrigues
DiretorSó com muita imperícia política terá sido possível chegar a este ponto. Um pré-aviso de greve geral, com as duas centrais sindicais a falarem a uma só voz, e com a UGT a admitir, inclusivamente, dois dias de paralisação. Vejamos o retrato atual do País: desde que chegou ao poder, o Governo de Luís Montenegro tem utilizado todas as folgas orçamentais para espalhar benesses e resolver diversos conflitos laborais e de classe.
Além disso, o rendimento médio dos portugueses tem subido, tal como as pensões. O nível de desemprego está controlado, a economia cresce, pouco, mas com segurança. Há um clima geral de aparente bem-estar, há uma paz social em diversos setores, não se encontra motivo para conflitualidade acima da média, se descontarmos o desânimo geral devido à situação caótica da saúde, da educação e à falta de habitação.
Quem chegasse de uma longa viagem ao estrangeiro, desde a saída de António Costa, seria tentado a pensar que o País, subitamente, se pacificou consigo próprio. Ora, com todos estes dados, como terá sido possível que o clima entre a ministra do Trabalho e a UGT se tenha deteriorado ao ponto de o líder da central sindical de base socialista se ter queixado, ontem, no ‘Negócios’, de que o “Governo encostou a UGT à parede”? Falta contar a história por trás desta desconsideração. Com ministros destes, Montenegro não precisa de oposição.
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Por Carlos Rodrigues.
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