Carlos Rodrigues
DiretorEstavam em jogo na segunda volta das eleições do Benfica dois projetos distintos e incompatíveis. Ganhou a ideia de um clube ligado ao povo, basista e com forte implantação em todo o País. Perdeu a proposta elitista, lisboeta e de recorte mais liberal. Rui Costa acendeu aquilo a que se convencionou chamar de maioria silenciosa, que, no fundo, mais não é do que o resultado eleitoral sempre que este contraria a vozearia das redes sociais ou das televisões de nicho. Foi reeleito para mais 4 anos de mandato o antigo jogador oriundo da Damaia, que chorou pelo clube mesmo quando se tornou numa estrela europeia, e que confessou, na campanha, com toda a humildade, que não estava preparado para ser presidente, pelo que teve de aprender e agora vai ser ainda melhor. É claro que, num clube de futebol, mesmo as ideias mais ricas e consolidadas dependem em grande medida dos resultados desportivos, pelo que o sucesso do próximo mandato será avaliado pela eventual conquista de títulos. E, aí, as dúvidas instaladas em redor da continuidade de José Mourinho, caso Rui Costa perdesse, terão contribuído para engordar a votação do presidente. Lá está: a maioria silenciosa lembra-se bem que este treinador já saiu do clube por causa de uma mudança de presidente. Bateu com a porta no nariz de Vilarinho, e depois foi campeão europeu. Os benfiquistas não quiseram correr o risco de ficar outra vez sem Mourinho por causa de uma eleição.
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Por Carlos Rodrigues
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