Descuramos a defesa da Europa, contra a vontade dos nossos cidadãos. Há mais de 20 anos que, no Eurobarómetro, ano após ano, quase 80% dos europeus clamam por uma política europeia de segurança e defesa. Mas habituamo-nos a viver à custa da segurança dada pela América. O que não é eterno. Trump ameaçou abandonar o Art.º V da NATO, se os europeus não dedicarem 2% do PIB à sua defesa. Biden diz quase o mesmo, por palavras mais cordatas. A situação é tal, na Europa, que nem sequer existem empresas capazes de produzir 1 milhão de munições de artilharia, o que não chega para um ano de guerra. Cheira a fraqueza ocidental e os déspotas acordam. Os anos que se avizinham são de grande risco para nós. O maior ataque de sempre com 158 drones e mísseis contra a Ucrânia, inaugura a campanha de inverno de Putin. Ele quer quebrar a vontade dos ucranianos resistirem e a dos ocidentais os apoiarem. Tem outros projetos, a seguir, rumo à reconstrução do império. O Médio Oriente pode tornar-se uma fornalha regional. Quem está a travar a escalada são, uma vez mais, os porta-aviões americanos. A voz da Europa não se ouve. É que sem capacidade militar a diplomacia é poesia.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
Seremos capazes de provar que Trump está errado?
Acordo com a Rússia deve respeitar a Lei Internacional.
Mas na Estratégia, a inação paga-se. Onde está o Plano da Europa?
A Europa "não pode ser um herbívoro num mundo de carnívoros".
Orbán tem mostrado estar fora, não gostar e ser contra a Europa.
Resultou apenas um apaziguamento das tensões mútuas.
O Correio da Manhã para quem quer MAIS
Sem
Limites
Sem
POP-UPS
Ofertas e
Descontos