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António Fontes Ramos

Cuidemo-nos

31 de dezembro de 2023 às 00:30

Descuramos a defesa da Europa, contra a vontade dos nossos cidadãos. Há mais de 20 anos que, no Eurobarómetro, ano após ano, quase 80% dos europeus clamam por uma política europeia de segurança e defesa. Mas habituamo-nos a viver à custa da segurança dada pela América. O que não é eterno. Trump ameaçou abandonar o Art.º V da NATO, se os europeus não dedicarem 2% do PIB à sua defesa. Biden diz quase o mesmo, por palavras mais cordatas. A situação é tal, na Europa, que nem sequer existem empresas capazes de produzir 1 milhão de munições de artilharia, o que não chega para um ano de guerra. Cheira a fraqueza ocidental e os déspotas acordam. Os anos que se avizinham são de grande risco para nós. O maior ataque de sempre com 158 drones e mísseis contra a Ucrânia, inaugura a campanha de inverno de Putin. Ele quer quebrar a vontade dos ucranianos resistirem e a dos ocidentais os apoiarem. Tem outros projetos, a seguir, rumo à reconstrução do império. O Médio Oriente pode tornar-se uma fornalha regional. Quem está a travar a escalada são, uma vez mais, os porta-aviões americanos. A voz da Europa não se ouve. É que sem capacidade militar a diplomacia é poesia.

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