Em pleno verão de 2025 a Europa vive uma realidade algo difusa. Nada parece ter um rumo adquirido, tudo assenta num mar de incertezas. Em 2010 Henrique Raposo trazia ao debate o seu livro “Um mundo sem europeus”, enfatizando o drama do declínio económico e normativo europeu: “… a Europa não tem qualquer centralidade na política mundial … e está em declínio no campo do poder”. Hoje a realidade política europeia enfrenta, para além disso, uma guerra já longa em plena Europa e sem soluções à vista. A Rússia assumiu-se como uma ameaça real aos destinos de uma Europa livre e soberana, obrigando a reconfigurar os cenários da segurança europeia. Internamente os diversos extremismos consolidam posições políticas e sociais e não auguram nada de bom. Confronta-se ainda com as tarifas comerciais e o projeto americano de Donald Trump, que não reconhece alianças, democracia, geopolítica e segurança, apenas interesses comerciais. Esta semana a União Europeia deambulou ao mais alto nível pelo Japão e China, procurando encontrar pontes e mecanismos para novos modelos de comércio e de relacionamento. Mas tudo isto, sem alegria e ambição. O que parece mesmo faltar é ambição.
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A geopolítica também tem os seus momentos de Black Friday.
A derrota e a humilhação da Ucrânia, a acontecer, acarretam um perigo sem precedentes para a segurança da Europa.
Quem se preocupa, por agora, com as Cimeiras do Clima?
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