No momento em que escrevo estas linhas, Trump pede a Deus que o ajude nas funções que acaba de assumir e eu peço a todos os deuses que nos ajudem, porque temo que vamos precisar.
Gostaria de enganar-me, mas temo que a Administração Trump tenha as mais devastadoras consequências para a segurança global. Trump não tem ideologia a não ser a do excecionalíssimo americano levado ao extremo. O protecionismo que anuncia significa guerra e não apenas comercial. Relativamente à Europa é determinado pela agenda de Putin que visa a destruição da NATO e a anulação da UE.
Trump pode até vir a entrar em conflito com a Rússia, mas entretanto ser-lhe-á instrumental.
A vitória de Trump deve-se ao ressentimento popular com décadas de governação dominada pela ideologia neoliberal desreguladora ao serviço dos grandes interesses económicos em detrimento dos trabalhadores - é o que explica a recetividade de setores da sociedade americana, e também das europeias, a agentes populistas que prometem mudanças revolucionárias contra o sistema. Mas como se viu até pelo desconchavado discurso de Trump, não há plano revolucionário nenhum. Só voluntarismo anarquista. So help us God!
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Fala-se muito para fora e olha-se pouco para dentro.
A responsabilidade política fica sempre muito acima dos cabos de fancaria.
Com um herdeiro-fantasma a surgir para receber 10% de uma fortuna deixada em testamento, um ano de diz-que-diz, um ano de fama efémera para o bombeiro
Uma dificuldade que, na prática, nem sempre é necessária.
O Ministro da Reforma do Estado ainda não deu ar da sua graça.
A nossa memória tem de ser capaz de reconhecer o mau e o bom, o positivo e o negativo.